“Dr. Blue” orienta usuários do AME Santo André no combate ao câncer de próstata

Publicado em: 10/11/2017

No mês dedicado ao combate ao câncer de próstata, o Ambulatório Médico de Especialidades (AME) de Santo André desenvolve ação lúdica junto a pacientes, acompanhantes e colaboradores da unidade. Por meio do “Dr. Blue” – um personagem criado pelos funcionários –, o equipamento de saúde tem levado informações importantes relacionadas à doença.

Segundo a gerente de qualidade do AME-SA, Marina Macedo Daminato, o objetivo do “Novembro Azul” é fortalecer as recomendações para o diagnóstico precoce e rastreamento de câncer de próstata indicadas pelo Ministério da Saúde, desmistificando crenças em relação à doença, assim como sobre as formas de reduzir os riscos e de detecção precoce. “Esperamos ampliar a compreensão dos homens sobre a importância dos exames de toque e de PSA. O trabalho em equipe e o empenho de nossos colaboradores têm sido fundamentais para o sucesso deste programa”, acrescenta Daminato.

A principal ferramenta utilizada, o personagem Dr. Blue, leva orientações a respeito da saúde do homem, tira dúvidas e explica os mecanismos preventivos, transformando preconceito em atenção à saúde.

NOVEMBRO AZUL

Conforme dados do Instituto Nacional de Câncer (INCA), o câncer de próstata é o segundo tipo mais comum entre os brasileiros (atrás apenas do câncer de pele não-melanoma). São 61,2 mil novos casos todos os anos e 13,7 mil mortes.

O principal tumor maligno do órgão é o adenocarcinoma de próstata. Seu pico de incidência é por volta dos 65 anos, mas já começa a se manifestar ao redor de 45 anos. Por essa razão, os homens não devem descuidar da prevenção e do acompanhamento médico – especialmente nessa faixa etária.

“A recomendação para o rastreamento do câncer de próstata mudou um pouco nos últimos anos. Hoje, o homem deve frequentar o consultório do urologista anualmente a partir dos 50 anos. Pacientes de raça negra, obesos e homens com histórico familiar de câncer de próstata devem iniciar aos 45 anos. O único fator de risco reconhecido para a doença é a genética, pois existe certo padrão de hereditariedade. Nos homens com um familiar de primeiro grau (pai ou irmão, por exemplo) que tem ou teve a doença, as chances de também apresentar o problema são três vezes maiores na comparação com a população geral. Já nos homens com pelo menos dois familiares em primeiro grau acometidos pelo câncer de próstata, há seis vezes mais chances”, explica Dr. Mário Henrique Elias de Mattos, urologista do Hospital Estadual Mário Covas e da Faculdade de Medicina do ABC.

Felizmente, trata-se de um câncer que, quando identificado de maneira precoce, apresenta taxas de cura extremamente elevadas. De cada 10 homens com diagnóstico da doença em fase inicial, nove chegarão à cura – ou seja, índice de 90%. Por isso a importância de procurar pela doença antes que se manifeste clinicamente.