Fisher Price patrocina brinquedoteca para crianças com câncer

Publicado em: 12/12/2014

O curso de Terapia Ocupacional da Faculdade de Medicina do ABC e a Fisher Price/Mattel firmaram parceria para renovar a brinquedoteca do setor de Oncologia Pediátrica da FMABC. A empresa fornecerá cerca de 250 brinquedos que atendem a faixa etária de zero a 14 anos, a fim de alegrar a recepção do ambulatório e colaborar com o projeto “Dia do Brincar” – trabalho realizado via Comissão de Extensão da FMABC (COMEX) em Paranapiacaba e Parque Andreense.

Os brinquedos atuais serão doados à comunidade e às próprias crianças que frequentam a Oncologia Pediátrica. “Nós não doamos por doar. Queremos fazer a diferença na vida dessas crianças e instruí-las de várias formas. Acreditamos que não importa onde a criança esteja, ela tem que brincar. Ela tem o direito de ser ela mesma. Brincar desenvolve competências”, afirmam as representantes da Fisher Price/Mattel, Priscila Sanches e Marta Alves da Mata, que visitaram o espaço da Oncopediatria em 11 de novembro.

O contato FMABC-Mattel foi intermediado pela professora de Terapia Ocupacional, Teresa Cristina Brito Ruas, que presta serviços à empresa. A entrega da nova brinquedoteca está prevista para janeiro.

Terapia Ocupacional e desenvolvimento infantil

Há quatro meses a brinquedoteca da Oncopediatria recebe três residentes e sete graduandas do 4º ano de Terapia Ocupacional, duas vezes por semana. “O brincar é a principal atividade da criança e a brinquedoteca é fundamental para que isso ocorra. A rotina é modificada e acaba tirando um pouco a doença do foco, distraindo a criança. Além disso, o espaço é muito importante para os profissionais que realmente conhecem e sabem a importância do desenvolvimento e de como usar o brincar como recurso terapêutico, como a T.O.”, explica a terapeuta ocupacional da FMABC, Natasha Carreño, que acrescenta: “Esse profissional tem conhecimento sobre o desenvolvimento infantil e sobre o câncer. Assim, consegue direcionar o brinquedo conforme a idade e explicar a doença de forma simples, valorizando e priorizando a natureza lúdica de toda criança”.

Segundo Natasha Carreño, a brinquedoteca não é clínica, mas a partir do direcionamento profissional torna-se um espaço de cuidado. “Ser terapeuta ocupacional é muito mais do que promover ações. É entender que a cada dia constituímos espaços de articulação entre a saúde, o brincar e a terapia ocupacional. É também perceber o quanto aquele espaço conflui para a atenção da T.O. no contexto infantil, onde a criança vai constituindo parte de seu cotidiano. Portanto, o local representa o fortalecimento da potência de pensar e agir da criança envolvida e esse pensar é prioritário quando falamos de desenvolvimento infantil”, garante.