Medicina ABC abre vagas em novos estudos sobre artrite psoriásica

Publicado em: 16/04/2019

Centro de Pesquisa Clínica da Faculdade de Medicina do ABC
recruta pacientes para tratamentos gratuitos com medicações
de ponta – inclusive da classe dos imunobiológicos

 

O Centro de Pesquisa Clínica do Centro Universitário Saúde ABC / Faculdade de Medicina do ABC (FMABC), em Santo André (SP), está com vagas abertas em novos estudos sobre artrite psoriásica, uma doença inflamatória que atinge até 40% dos pacientes com psoríase e tem como característica principal dores nas articulações. Os tratamentos são gratuitos e de grande relevância para os pacientes, que podem se beneficiar de terapias modernas e medicamentos novos, inclusive da classe dos imunobiológicos, que estão entre os mais promissores do mercado.

Interessados em participar dos estudos clínicos devem ter mais de 18 anos, diagnóstico confirmado da doença e preencher questionário disponível no link https://bit.ly/2WXhLSC. As inscrições estarão abertas até o final de maio de 2019. Mais informações no telefone (11) 4317-0405 ou pelo WhatsApp (11) 94129-1254.

O estudo clínico é uma exigência para o desenvolvimento de novas terapias para todas as doenças e envolve diversos profissionais, como médicos investigadores, farmacêuticos, enfermeiros, biomédicos e biólogos, entre outros. Dessa forma, além do acesso gratuito a tratamentos de ponta, os pacientes também recebem acompanhamento multidisciplinar completo.

ARTRITE PSORIÁSICA

A psoríase é uma doença crônica inflamatória não contagiosa, que impacta diretamente a qualidade de vida dos pacientes. Atinge cerca de 3% da população mundial, sendo bastante frequente na faixa entre 20 e 40 anos. Entre as principais características da psoríase está o aparecimento de lesões róseas ou avermelhadas recobertas por escamas esbranquiçadas, que na maioria dos casos aparecem em várias áreas do corpo, entre as quais cotovelos, joelhos ou couro cabeludo, unhas, palma das mãos e plantas dos pés, por toda a pele e nas articulações. Trata-se de uma doença cíclica, cujos sintomas desaparecem e reaparecem periodicamente.

Entre 30% e 40% das pessoas com psoríase podem apresentar inflamações nas articulações, a artrite psoriásica, que cursa com dor e inchaço nas articulações das mãos, pés, joelhos e tornozelos, dor lombar e inchaço nos tendões – em especial no tendão de Aquiles.

“É uma doença diretamente relacionada a pacientes com psoríase, tanto homens quanto mulheres. Acomete principalmente os ligamentos, tendões e articulações, com queixas frequentes de ‘dores nas juntas’. A artrite psoriásica costuma estar ligada a fatores genéticos e imunológicos. Em torno de 40% dos pacientes têm histórico familiar de parentes de primeiro grau que também convivem com a doença. Apesar de ainda não conseguirmos prevenir a ocorrência, o diagnóstico e o tratamento adequados são fundamentais, a fim de melhorar a qualidade de vida dos pacientes e prevenir deformidades irreversíveis”, explicam as médicas reumatologistas e pesquisadoras responsáveis pelo estudo, Dra. Anna Maura Fernandes e Dra. Sonia Loduca Lima.

O tratamento da artrite psoriásica varia de paciente para paciente, conforme as estruturas acometidas. Existe uma série de medicamentos indicados para os casos mais leves da doença, que podem ser utilizados a partir de avaliação médica específica. Casos refratários (que persistem diante dos tratamentos convencionais) e aqueles classificados entre moderados e graves podem necessitar de terapias com imunobiológicos.

SEGURANÇA E INOVAÇÃO

Antes de iniciar qualquer estudo, o Centro de Pesquisa Clínica da FMABC submete o protocolo à aprovação do Comitê de Ética em Pesquisa da instituição, assim como à Comissão Nacional de Ética em Pesquisa (CONEP) e à Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). Trata-se de procedimento extremamente relevante, pois garante que os trabalhos são conduzidos com seriedade, segurança e dentro das normais legais estabelecidas.

Para participar, os pacientes devem se enquadrar nos perfis de cada pesquisa, obedecendo a critérios de inclusão e exclusão. Vale destacar que o Centro de Pesquisa Clínica da FMABC não realiza o diagnóstico das doenças – ou seja, é necessário que o paciente já tenha a confirmação da patologia por meio de avaliações médicas anteriores e exames.

Desde 2010, mais de 3 mil pacientes já participaram de pesquisas clínicas na FMABC. Logo de início, o voluntário é informado pelo médico responsável sobre todos os procedimentos e objetivos da participação no estudo. Caso aceite participar, um “termo de consentimento livre e esclarecido” é assinado, para garantir que todas as informações foram passadas previamente. Além disso, o paciente tem a liberdade de sair do protocolo de estudo quando desejar.