Oncologia Pediátrica da FMABC inclui serviços de homeopatia e acupuntura

Publicado em: 29/11/2017

Práticas aliviam dores e sintomas causados por quimioterapias e harmonizam aspecto físico e emocional

 

O atendimento acontece todas as quartas-feiras, das 8h às 13h, no ambulatório que funciona no campus universitário

Desde outubro, o Ambulatório de Oncologia Pediátrica da Faculdade de Medicina do ABC, em Santo André, conta com atendimento semanal de homeopatia e acupuntura. Ambas são especialidades médicas, desde 1989 e 1995, respectivamente, e servem para estimular a reação do organismo em busca do equilíbrio, alívio de dores crônicas e outros sintomas, além do restabelecimento gradual da saúde. O atendimento acontece todas as quartas-feiras, das 8h às 13h, no ambulatório que funciona no campus universitário (Av. Lauro Gomes, 2.000 – Vila Sacadura Cabral).

A unidade oferece atendimento multidisciplinar e 100% do tratamento quimioterápico via Sistema Único de Saúde (SUS). Na clínica de homeopatia, o objetivo é tratar o paciente, não a doença. O foco é buscar as causas e origens das desarmonias físicas e emocionais. No caso do câncer infantojuvenil, geralmente os sintomas são crônicos e causados por sequelas do tratamento quimio e radioterápico.

Na consulta homeopática, todos os sinais são considerados para prescrição do remédio que melhor corresponde às necessidades orgânicas e emocionais do paciente. As medicações são formuladas a partir de matéria-prima extraída do reino animal, vegetal e mineral. Os remédios, inclusive, serão fornecidos aos pacientes gratuitamente por algumas farmácias de homeopatia de Santo André e São Bernardo do Campo.

No ambulatório da FMABC são observados vários sintomas provocados pelo tratamento contra o câncer, como anemia, fadiga, alergias, insônia, náuseas, vômitos, cefaleia, queda de cabelo e deficiência da imunidade – uma vez que os quimioterápicos atingem tanto células doentes quanto sadias.

“O remédio homeopático é para o indivíduo, não para o sintoma. Não vamos tratar o câncer, e sim o paciente. Durante o tratamento convencional as crianças apresentam alterações físicas e emocionais, oriundas de recorrentes internações e exames invasivos. Por isso, utilizamos abordagem da observação psíquica, física e emocional para prescrever o remédio que busque o fortalecimento do sistema imunológico e reequilíbrio mental e corporal, além de consequente diminuição de sintomas e do desconforto. Tudo está interligado”, explica o médico homeopata e acupunturista, Dr. Flávio Nalli, que atende de forma voluntária no ambulatório junto com a Dra. Maritza Burgoa Tanaka, pediatra e homeopata.

Além da homeopatia, a acupuntura representa importante aliada na redução dos efeitos adversos causados pelo tratamento oncológico. A medicina tradicional chinesa utiliza a inserção de agulhas e outras técnicas em pontos estratégicos do corpo para controlar dores, estimular as células de defesa a equilibrar o organismo e a energia vital do corpo. Para alcançar efeitos satisfatórios, são recomendadas sessões semanais.

Além dos pacientes mirins, os profissionais dão assistência aos familiares. É natural que, durante o tratamento dos filhos, os pais apresentem sensações como angústia, excesso de preocupação ou medo da perda. Nestes casos, a família é inclusa no acompanhamento para se submeter ao tratamento homeopático, o que evidencia o cuidado e assistência à saúde de forma integral. Os remédios gratuitos de homeopatia também serão fornecidos aos familiares, mediante necessidade e prescrição médica.

REFERÊNCIA

O Ambulatório de Oncologia Pediátrica da FMABC é referência regional para tratamento oncológico e atende pacientes de zero a 17 anos. Oferece atendimento integral e multidisciplinar com equipe composta por médicos, enfermeiros, psicólogos, dentista, assistente social, nutricionista, fonoaudiólogo, terapeuta ocupacional e farmacêutico. Com serviços 100% gratuitos, o local tem como retaguarda para hospedagem a Casa Ronald ABC, instalada no campus da faculdade e que oferece alojamento, higiene e alimentação para a criança em tratamento e respectivo acompanhante. São cerca de 200 consultas médicas mensalmente.