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Publicado em: 04/10/2018
Profissionais de saúde de Praia Grande estão mobilizados para o enfrentamento da mortalidade materno-infantil, que vem apresentando índices cada vez mais preocupantes em todo o Estado de São Paulo. Para fortalecer as ações já desenvolvidas no município, uma capacitação reuniu esta semana equipes que atuam na Atenção Básica e no Hospital Municipal Irmã Dulce. O objetivo é buscar informações que possam instruir e intensificar medidas de prevenção de mortes de gestantes e recém-nascidos.
Segundo dados do Ministério da Saúde divulgados este ano, Praia Grande apresentou uma das maiores quedas no índice de mortalidade infantil na Baixada Santista desde 2015, quando a média para cada mil nascidos vivos no município era de 17,3 óbitos. O índice atual é de 13,8, registrado no ano passado.
O treinamento, organizado pelo Núcleo de Educação Permanente em Saúde da Secretaria de Saúde Pública, junto ao setor de Educação Continuada e à diretoria de Enfermagem do Complexo Hospitalar Irmã Dulce, foi acompanhado por articuladores do Departamento Regional de Saúde (DRS-IV) e da Secretaria de Estado da Saúde.
De acordo com o secretário da Saúde Pública, Cleber Suckow Nogueira, o prefeito Alberto Mourão está pessoalmente envolvido na campanha e pediu máximo empenho na busca de resultados positivos. “Nossa dedicação visa reverter os números de mortalidade materno-infantil na cidade. Além do comprometimento dos profissionais dos diversos setores da saúde e da parceria com o Estado, o rigoroso cumprimento de protocolos e fluxos permitirão sensível melhora nos próximos levantamentos”, disse.
O trabalho conjunto já em andamento em Praia Grande foi elogiado por representantes da Secretaria de Estado da Saúde. “Observamos que o município já realiza muitas ações para o enfrentamento à mortalidade materno-infantil como as capacitações, mapeamento, visitas às unidades, comitê de mortalidade e outras. Queremos nos aproximar mais das causas que motivam os índices negativos para saber o que ainda precisa ser feito por nossas mulheres e bebês e como as equipes constroem essa vinculação e compromisso com as gestantes, por exemplo”, destacou Cristiane Marchiori, doutora em Saúde Pública da Secretaria de Estado da Saúde.
De acordo com a subsecretária da Assistência de Saúde de Praia Grande, Dorian Rojas, a oportunidade de ouvir os agentes que lidam diariamente com a realidade ajuda a complementar as iniciativas atuais. “Somente com a mobilização da Atenção Básica, especialidades e do hospital atuando na prevenção é que vamos construir uma resposta para que tenhamos melhores resultados na produção do cuidado e redução do índice de mortalidade materno-infantil”, disse.