Medicina ABC fará campanha no ‘Dia Mundial sem Tabaco’

Publicado em: 29/05/2017

Na próxima quarta-feira, 31 de maio, toda a equipe da disciplina de Pneumologia da Faculdade de Medicina do ABC (FMABC) estará reunida para ações de conscientização sobre a importância da cessação do tabagismo. A campanha faz parte do Dia Mundial sem Tabaco e contará com mini palestras e exibições de vídeos nas salas de espera do ambulatório de especialidades do prédio Anexo III – espaço do campus universitário onde há grande circulação de pacientes, acompanhantes, alunos e funcionários.

O professor assistente de Pneumologia e coordenador do Ambulatório de Assistência ao Tabagista da Faculdade de Medicina do ABC, Dr. Adriano César Guazzelli

Professores, médicos pneumologistas e profissionais das áreas de Fisioterapia, Psicologia, Educação Física e Terapia Ocupacional estarão à disposição da população para tirar dúvidas e reforçar os malefícios do hábito de fumar, assim como os benefícios ao interromper o vício.

Segundo informações do Instituto Nacional de Câncer (INCA), a epidemia global do tabaco mata quase 6 milhões de pessoas por ano, das quais mais de 600 mil são não fumantes, vítimas do fumo passivo. Sem alterações de cenário, estão previstas mais de 8 milhões de mortes por ano no mundo a partir de 2030. Mais de 80% dessas mortes evitáveis atingirão pessoas que vivem em países de baixa e média renda.

“O indivíduo que fuma vive de 5 a 10 anos menos do que um não fumante. O problema não se resume apenas ao tempo de vida, mas principalmente à perda de qualidade de vida. Os fumantes vivem pior, mais doentes, com maiores gastos com médicos e remédios. Estudos científicos revelam que os que param de fumar aos 30 ou 35 anos de idade têm uma expectativa de vida muito parecida com os que não fumam, enquanto aqueles que param de fumar mais tarde perdem anos de vida, se comparados com os não fumantes. Portanto, quanto mais cedo for interrompido o hábito, melhor”, aconselha o professor assistente de Pneumologia e coordenador do Ambulatório de Assistência ao Tabagista da Faculdade de Medicina do ABC, Dr. Adriano César Guazzelli, que alerta: “O tabagismo é uma doença e o fumante é um doente, que necessita de informação, tratamento, atenção, paciência e muito carinho. Quem não para de fumar tem 50% de chances de morrer de câncer de pulmão, de infarto do miocárdio, de acidente vascular cerebral ou derrame cerebral e de doença pulmonar obstrutiva crônica (DPOC), mais conhecida como enfisema e bronquite crônica”.

As palestras e as exibições de vídeos na Faculdade de Medicina do ABC ocorrerão das 8h30 às 11h. A instituição fica na Av. Lauro Gomes, 2.000, Vila Sacadura Cabral (Santo André).

DIA MUNDIAL SEM TABACO

O tema escolhido pela Organização Mundial da Saúde (OMS) para as comemorações do Dia Mundial Sem Tabaco de 2017 foi “Tabaco: uma ameaça ao desenvolvimento”. No Brasil, a campanha é coordenada pelo Instituto Nacional de Câncer. Segundo a OMS, a epidemia de tabagismo continua sendo a maior ameaça à saúde pública que o mundo já enfrentou. Evidências indicam que os produtos de tabaco são altamente letais e matam 2 em cada 3 de seus consumidores, além de também afetarem a saúde de pessoas que não fumam, mas que são obrigadas a inalar a fumaça de produtos de tabaco de terceiros – ou seja, os fumantes passivos.

No Brasil, estudo sobre o impacto econômico do tabagismo no SUS revelou que em 2011 foram gastos R$ 23 bilhões com o tratamento de algumas das mais de 50 doenças tabaco-relacionadas. De outro lado, a arrecadação com impostos sobre cigarros (produto de tabaco mais consumido) recolhidos naquele ano foi da ordem de R$ 6 bilhões.