Medicina ABC recruta pacientes em pesquisa clínica sobre doença inflamatória intestinal

Publicado em: 11/02/2019

Estudos sobre doença de Crohn oferecem tratamentos 100% gratuitos
e medicações de ponta – inclusive da classe dos imunobiológicos

 

O Centro de Pesquisa Clínica da Faculdade de Medicina do ABC, em Santo André (SP), está com vagas abertas em novos estudos sobre doença de Crohn, uma inflamação intestinal crônica relativamente frequente, de difícil diagnóstico e que necessita de supervisão médica constante. A FMABC possui ambulatório específico nessa área, referência nacional tanto na assistência como na pesquisa – de grande relevância para os pacientes, que podem se beneficiar de tratamentos gratuitos e medicamentos novos, inclusive na classe de imunobiológicos, que estão entre os mais promissores do mercado.

Interessados em participar dos estudos clínicos devem ter o diagnóstico confirmado da doença e preencher questionário disponível no link https://bit.ly/2sXKkSR. As inscrições estarão abertas até o final de abril de 2019. Mais informações no telefone (11) 4317-0405 ou pelo WhatsApp (11) 94129-1254.

DOENÇA DE CROHN

A doença de Crohn decorre de alterações no sistema imunológico do intestino, cuja consequência é a inflamação. As origens são desconhecidas, mas pesquisas apontam que fatores hereditários potencializam o desenvolvimento. Problemas emocionais e estresse podem piorar o quadro.

Mais frequente entre adultos jovens de 15 a 25 anos, ela pode ocorrer em qualquer setor do aparelho digestivo – em alguns casos, levando à obstrução intestinal. Os sintomas geralmente estão associados ao emagrecimento e à dor abdominal. Também são considerados sinais de alerta a diarreia frequente, sensibilidade abdominal, febre, náusea, vômitos intermitentes e anemia importante.

“A inflamação ocorre com maior frequência na região do íleo, podendo afetar qualquer parte do trato gastrointestinal. A prevalência estimada é ao redor de um caso para 10 mil pessoas em países ocidentais, sendo ambos os sexos igualmente afetados”, explica a biomédica coordenadora de Pesquisa Clínica da Faculdade de Medicina do ABC, Josiane Duarte, que acrescenta: “Existe uma tendência mundial para o aumento da incidência. Nos Estados Unidos, por exemplo, cerca de 1,4 milhão de pacientes são afetados por doenças intestinais inflamatórias. Na Europa, há pelo menos 2,2 milhões de indivíduos que sofrem deste tipo de patologia”.

De maneira geral, o tratamento pode ser clínico, à base de medicamentos, ou cirúrgico, dependendo da gravidade e das condições do doente.

SEGURANÇA E INOVAÇÃO

Antes de iniciar qualquer estudo, o Centro de Pesquisa Clínica da FMABC submete o protocolo à aprovação do Comitê de Ética em Pesquisa da instituição, assim como à Comissão Nacional de Ética em Pesquisa (CONEP) e à Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). Trata-se de procedimento extremamente relevante, pois garante que os trabalhos são conduzidos com seriedade, segurança e dentro das normais legais estabelecidas.

Para participar, os pacientes devem se enquadrar nos perfis de cada pesquisa, obedecendo a critérios de inclusão e exclusão. Vale destacar que o Centro de Pesquisa Clínica da FMABC não realiza o diagnóstico das doenças – ou seja, é necessário que o paciente já tenha a confirmação da patologia por meio de avaliações médicas anteriores e exames.

O estudo clínico é uma exigência para o desenvolvimento de novas terapias para todas as doenças e envolve diversos profissionais, como médicos investigadores, farmacêuticos, enfermeiros, biomédicos e biólogos, entre outros. Dessa forma, além do acesso gratuito a tratamentos de ponta, os pacientes também recebem acompanhamento completo.

Desde 2010, mais de 3 mil pacientes já participaram de pesquisas clínicas na FMABC. Logo de início, o voluntário é informado pelo médico responsável sobre todos os procedimentos e objetivos da participação no estudo. Caso aceite participar, um “termo de consentimento livre e esclarecido” é assinado, para garantir que todas as informações foram passadas previamente. Além disso, o paciente tem a liberdade de sair do protocolo de estudo quando desejar.