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Publicado em: 31/08/2018
Recreação com cachorros alegra pacientes internados
Assim como a personagem homônima da série Stranger Things, a cachorrinha Eleven também tem poderes especiais. Mesmo com o isolamento do vidro, a pug, dócil e curiosa, conseguiu provocar um sorriso no rosto do paciente Pedro Henrique Rocha Ondei, 12 anos. Por meio da iniciativa do projeto social Pet Afeto e de estudantes de Medicina da Faculdade de Medicina do ABC, que cumprem horas de estágio no Centro Hospitalar Dr. Newton da Costa Brandão, a visita de três animais mudou a rotina de medicamentos, injeções e procedimentos vivida por crianças internadas na Pediatria. A visita ocorreu em 24 de agosto.
A presença dos cachorros foi organizada com fins terapêuticos. Na ação, os animais – Eleven, o pug Neném e a schnauzer Mel – visitaram os quartos da enfermaria infantil, acompanhados de seus tutores e voluntários do projeto Pet Afeto. As crianças em tratamento logo se animaram a fazer carinho nos bichinhos e, as que estavam aptas para deixar os leitos, até levantaram para passear com os animais pelos corredores do andar.
Essa foi a segunda edição da Pet Terapia realizada no CHM. A primeira vez que os animais foram levados para o ambiente de tratamento foi no início de agosto, por meio do Humaniza Ped, iniciativa de humanização desenvolvida na área de pediatria do Centro Hospitalar Municipal de Santo André. O Humaniza Ped faz parte do projeto de conclusão de estágio dos estudantes do 6º ano de Medicina da FMABC. A cada mês, um grupo diferente desenvolve uma atividade junto a pacientes e familiares.
A atividade com os cachorros trouxe conforto também para a mãe de Pedro, Marcela Fernandes Rocha Ondei, 37 anos, que estava aflita pela internação do filho. “Nós temos uma cachorrinha em casa e, justamente por isso, ver o rostinho dele feliz é muito importante, porque eu estou sofrendo junto com ele”, comenta.
Equipes da FMABC e hospital participantes do projeto
Para garantir total segurança à saúde das crianças e dos animais, todas as medidas de prevenção de zoonoses são tomadas. “A gente faz uma avaliação dos animais levando em consideração comportamento e histórico de saúde. A partir disso, vemos se o animal tem perfil, porque não basta ele ser dócil com o seu tutor, ele precisa permitir que outras pessoas interajam com ele. Os cães são vermifugados, vacinados, higienizados, recebem banho e tem toda a precaução para entrar no hospital”, explica a médica veterinária e fundadora do projeto social Pet Afeto, Suraia Aissami.
Outro caso que chamou a atenção durante a visita foi do menino de 11 anos, Eliel Moraes de Almeida. Há sete anos, a criança tem internações recorrentes no CHM. A última delas já completou três meses por conta do tratamento de uma imunodeficiência. Apesar de abatido pela condição clínica, Eliel passeou com o pug Neném. “Eu gosto de cachorro e fico mais feliz quando eles vêm aqui”, afirma. A fala do menino foi reforçada pela mãe Fernanda Moraes de Almeida, 34 anos. “Depois ele fica comentando sobre a visita dos cães. Vejo que ele fica feliz e isso também me alegra”.
Como parte do Humaniza Ped, já foram realizadas atividades de música, pintura, contação de histórias, entre outras ações lúdicas. Neste ano, a Pet Terapia foi uma novidade. “Para os pacientes, o ambiente hospitalar ganha um novo contexto, mais alegre, e isso tem uma ação terapêutica evidente. Já para os alunos, esse tipo de atividade ajuda muito interagirem com as crianças por meio dos animais. Com certeza os tornará profissionais mais humanos”, avalia a professora doutora Marisa Laranjeira, coordenadora da enfermaria de Pediatria e da programação dos alunos da Faculdade de Medicina do ABC. Diante dos resultados, Laranjeira estuda tornar a ação mais frequente, em parceria com ONGs e tutores dos animais de estimação.