Fisioterapia apresenta avanços no Hospital Irmã Dulce

Publicado em: 30/04/2014

Em 5 anos de gestão da Fundação do ABC, o serviço de Fisioterapia do Hospital Municipal Irmã Dulce “evoluiu muito” na análise da fisioterapeuta Dennise Pimentel Claro, que coordena a equipe. Voltado para a recuperação de pacientes internados no hospital, o atendimento fisioterapêutico é solicitado por meio de prescrição médica e visa, principalmente, tratar e prevenir complicações respiratórias, bem como minimizar efeitos da imobilidade no leito. Entre os objetivos secundários estão preparar e promover a independência respiratória do paciente sob ventilação mecânica, reduzir riscos de infecção hospitalar e agilizar o processo de alta.

Atualmente, a equipe é composta pela coordenadora Dennise e por sete fisioterapeutas assistenciais, todos com especialização e que atendem as unidades de Terapia Intensiva (UTI) Adulto, UTI Pediátrica, UTI Neonatal, Pediatria, Clínica Médica, Clínica Cirúrgica e Maternidade. Diante da demanda crescente, em breve o serviço deverá ser ampliado.

A atuação dos fisioterapeutas se soma aos demais profissionais da equipe multidisciplinar, como médicos, enfermeiros e os dos serviços de Psicologia, Nutrição e Fonoaudiologia. Dennise explica que essa integração favorece a recuperação do paciente.

Neste trabalho integrado, a Fisioterapia participa de palestras do setor de Educação Continuada e promove atualizações técnicas junto a outros profissionais, como enfermeiros, sobre assuntos afins e questões técnicas como funcionamento de novos equipamentos. Com isso, espera contribuir para elevar a qualidade do atendimento. “Fazemos reciclagem com a Enfermagem para capacitá-los, porque são eles que estão com os pacientes em todos os momentos”, explica Dennise.

Definida como ciência aplicada ao estudo, diagnóstico, prevenção e tratamento de disfunções cinéticas funcionais de órgãos e sistemas, a Fisioterapia atua em vários segmentos. No hospitalar, realiza a avaliação físico-funcional do paciente, indicação de tratamento e indução do processo terapêutico com o objetivo de recuperá-lo, minimiza os efeitos da imobilidade no leito, prevenir e trata complicações respiratórias.

Os benefícios são muitos. Pesquisas apontam que a presença constante de fisioterapeutas nas UTIs reduz o período de internação. Na UTI Adulto, o tratamento fisioterapêutico melhora a função pulmonar, garantindo respiração eficaz por meio dos aparelhos e até permitindo a retirada do tubo traqueal – processo denominado desmame. Como a maior parte dos pacientes adultos internados na UTI está sedada, o fisioterapeuta trabalha a movimentação passiva dos membros para prevenir deformidade e evitar a diminuição da força muscular global do organismo.

Enquanto em adultos e crianças os fisioterapeutas cuidam das habilidades respiratória e motora, nos recém-nascidos internados na UTI Neonatal o objetivo principal são os cuidados respiratórios, buscando incentivar o vínculo materno.

Formada em Fisioterapia pela Universidade Santa Cecília, Dennise é Mestre em Saúde Coletiva pela Unisantos e especialista em Fisioterapia Cardiorrespiratória. “É muito bom saber que estamos ajudando os pacientes a terem condições melhores, assim como acompanhar a evolução e receber o retorno”, destaca a coordenadora.