Publicado em: 28/05/2020
Uma pesquisa acadêmica conduzida por pesquisadores da Faculdade de Medicina do ABC / Centro Universitário Saúde ABC de Santo André sobre o perfil socioambiental e hematológico de moradores que vivem próximos a aterros sanitários foi citada em estudo publicado pela organização americana Center for Health, Environment & Justice (CHEJ), ou Centro de Saúde, Meio Ambiente & Justiça. A instituição atua na vanguarda de iniciativas ambientais nos Estados Unidos e combate ameaças tóxicas à saúde da população, especialmente em comunidades submetidas à exposição de produtos químicos. A organização sem fins lucrativos também capacita pessoas para construir comunidades saudáveis, com foco na prevenção de danos à saúde causados por ameaças ambientais.
A publicação Landfill Failures: The Buried Truth ou “Falhas em aterros: a verdade enterrada” possui 168 páginas e reúne diversos artigos acadêmicos relacionados ao tema. O material, disponível neste link, contém estudos produzidos por especialistas em saúde ambiental de universidades de todo o mundo.
O estudo citado da FMABC mostra que existe uma associação entre fatores sociais, ambientais e econômicos e uma variedade de desfechos graves de doenças que podem ser detectadas na triagem sanguínea de moradores que vivem no entorno do aterro sanitário de Santo André, localizado entre os bairros Parque Gerassi e Cidade São Jorge. Os aterros são localizados em espaços mais afastados da cidade e destinados à decomposição final de resíduos sólidos gerados pela atividade humana, como resíduos domésticos, comerciais ou de construção. A técnica consiste na compactação e aterramento dos dejetos no solo em forma de camadas que são periodicamente cobertas com terra, buscando sua decomposição a longo prazo na natureza.
Pela FMABC, assinam o artigo científico o vice-reitor Dr. Fernando Luiz Affonso Fonseca, o engenheiro de Segurança do Trabalho da Fundação do ABC, Dr. Amaury Machi Júnior, além dos docentes Vivianni Palmeira Wanderley, Cleonice de Almeida Pinto, Odair Ramos da Silva, Rogério Alvarenga, Eriane Justo Luiz Savóia e Rodrigo Daminello Raimundo, todos do Departamento de Gestão de Saúde Ambiental da FMABC. O estudo também tem participação de cinco pesquisadores da Escola Superior de Tecnologia da Saúde de Coimbra, de Portugal, e está disponível na íntegra no link: https://pubmed.ncbi.nlm.nih.gov/28085053/.