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Publicado em: 23/07/2020
Professor da disciplina de Cirurgia Plástica da FMABC, Dr. Sidney Zanasi, orienta sobre prevenção
A pandemia causada pelo novo coronavírus e o isolamento social colocaram em evidência um tema secundário à Covid-19, mas que passou a ser cada vez mais frequente nos domicílios: os acidentes por queimaduras. Um dos públicos mais afetados é o infantil. Sem atividades presenciais nas escolas, as crianças passam mais tempo em casa, onde há maior quantidade de álcool para prevenção da doença. Essa junção de fatores, somada ao armazenamento inadequado, falta de supervisão e desconhecimento das medidas preventivas, tem aumentado sobremaneira os acidentes domésticos por queimaduras.
Segundo dados da Sociedade Brasileira de Queimaduras (SBQ), desde o início da pandemia os centros de tratamento de queimados do Brasil atualizam uma lista, gerenciada pela própria SBQ, com a quantidade de internados por acidentes com queimaduras causados pelo uso de álcool 70%. Até 30 de junho foram contabilizados 387 casos graves no País, ascendendo o alerta para se manter, com ainda mais força, as campanhas de prevenção para os riscos de acidentes com fogo, álcool e demais agentes de queimaduras.
“Desde 2002, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) proibiu a venda do álcool 70% líquido para o público em geral, uma vez que o álcool nesta forma é altamente inflamável e se espalha com maior facilidade em qualquer superfície, estando diretamente envolvido com numerosos casos de queimadura, principalmente nas crianças. No entanto, com o início da pandemia de Covid-19, a própria Anvisa, em março deste ano, revogou a medida e liberou temporariamente a comercialização do produto”, informa o professor da disciplina de Cirurgia Plástica do Centro Universitário Saúde ABC / Faculdade de Medicina do ABC (FMABC), Dr. Sidney Zanasi.
De acordo com o especialista, essa mudança de política, somada aos novos hábitos da população durante a pandemia, tem ocasionado aumento de casos de queimados nos hospitais pelo uso do álcool. “As pessoas têm aplicado o álcool sem orientação adequada. Usam em casa, para higienizar objetos, passam no corpo todo e se aproximam de chamas na cozinha, por exemplo. Em outras situações, usam o álcool gel para higiene das mãos e, em seguida, acendem um cigarro”, exemplifica Dr. Sidney Zanasi, que alerta: “Muitas vezes, os adultos em regime de trabalho a distância – o home office – ficam impossibilitados de cuidar dos menores com rigorosa atenção ou até mesmo delegam isso a outra criança um pouco mais velha, facilitando, assim, os acidentes domésticos ligados ao álcool 70%. Portanto, nesse período de quarentena e de maior utilização de produtos à base de álcool, temos que redobrar atenção em relação às crianças, especialmente no ambiente doméstico”.
PERIGO EM CASA
Estima-se que 70% dos acidentes com queimaduras acontecem em casa. Deles, 40% acometem as crianças. A recomendação dos médicos é que, em casa, o álcool seja substituído por água e sabão para higienizar as mãos, e a água sanitária para limpar objetos. A Anvisa publicou nota técnica (nº 26/2020) recomendando os produtos saneantes que podem substituir o álcool 70% na desinfecção das superfícies, entre os quais o hipoclorito de sódio 0,5% e desinfetantes de uso geral com ação virucida.
A SBQ orienta que, no caso de acidente, a primeira medida é colocar a área queimada sob água corrente de temperatura ambiente. Para se deslocar até o hospital, deve-se cobrir a ferida com um pano limpo e úmido. É importante não colocar nenhum produto na lesão até que um médico possa avaliar.