Publicado em: 19/09/2014
O Hospital Anchieta (HA) de São Bernardo melhorou a gestão de leitos desde que o Núcleo Interno de Regulação (NIR) passou a funcionar 24 horas, em junho último. O setor é responsável por buscar e identificar vagas e atender a demanda por internações, de acordo com o perfil assistencial da unidade.
Atualmente, cerca de 20 pacientes são internados todos os dias no HA, entre casos de urgência e emergência e cirurgias agendadas. O hospital possui 140 leitos – incluindo os de Unidade de Terapia Intensiva (UTI) e hospital-dia. “O NIR 24 horas tem impacto positivo em toda a rede, já que absorvemos boa parte dos pedidos por internação em São Bernardo. É possível atender aos pacientes com mais agilidade e qualidade”, avalia a enfermeira Vanessa Damazzio de Brito, coordenadora da Central de Internação do HA, da qual o núcleo faz parte.
O HA promoveu o treinamento de outros enfermeiros para atuar frente ao NIR, o que possibilitou seu funcionamento em horário estendido. Agora, é maior a frequência de pacientes que são transferidos à unidade após às 17h e aos finais de semana, o que facilita o trabalho das ambulâncias, com distribuição mais homogênea do fluxo de viagens.
A Secretaria da Saúde tem investido em ações para melhorar a comunicação entre os hospitais e tornar mais eficiente o acesso aos leitos. Em março, a Central de Regulação do município criou um sistema online para registrar todos os pedidos de internação da cidade. A planilha, única, é visualizada em tempo real pelos NIRs de cada hospital. O núcleo do Hospital e Pronto-Socorro Central (HPSC), que funciona 24 horas desde agosto de 2013, classifica os casos e indica qual unidade deve acolher o paciente, conforme as especialidades disponíveis em cada uma. Cabe ao NIR do hospital apontado checar a disponibilidade do leito, contatar a equipe médica e providenciar o atendimento.
Para se ter uma ideia da demanda, em maio o sistema registrou cerca de 1.800 solicitações de internação, média de cerca de 60 por dia. “A planilha em tempo real revolucionou nosso trabalho. Antes, tudo era feito por fax, o que burocratizava um processo que precisa ser ágil por natureza”, ressalta Vanessa.