São Caetano é a primeira cidade do ABC a oferecer sensor de glicose para crianças de 4 a 17 anos

Publicado em: 06/09/2023

Divulgação/PMSCS

O prefeito de São Caetano do Sul, José Auricchio Júnior, lançou nesta semana o programa Diabetes Sob Controle. A Prefeitura entregou sensores de glicose para crianças de 4 a 17 anos, insulino-dependentes, moradoras do município e cadastradas no Programa Estratégia Saúde da Família.

O equipamento monitora a glicose com um sensor que fica colado no braço do paciente e permite a leitura através de leitor ou aplicativo de celular. “Um programa que integra saúde e educação, auxiliando educadores e pais no controle do diabetes de forma contínua, durante 24 horas, sem a necessidade de furar o dedo do paciente para monitorar a glicose. Sem dúvida, trará mais qualidade às nossas crianças e jovens e mais tranquilidade aos pais e professores. Mais importante do que a medição isolada, o equipamento armazena a curva glicêmica gerando relatórios para que os médicos tenham uma análise precisa de até 90 dias”, explicou Auricchio.

Ao passar o leitor pelo dispositivo, o paciente terá o histórico glicêmico das últimas oito horas e uma seta de tendência mostrando se a glicose está subindo, baixando ou mudando lentamente. “A escolha do grupo atendido (crianças de 4 a 17 anos) foi baseada em estudos que indicam essa faixa etária como prioritária. O controle do diabetes na infância está diretamente ligado ao desenvolvimento neurológico e ao crescimento. Além disso, o controle nessa faixa etária é mais difícil, devido às variações de glicemia (hipoglicemia e hiperglicemia). As crianças que desenvolvem a doença em idade precoce serão adultos diabéticos, convivendo mais tempo com a doença e com maior risco de complicações crônicas se não houver controle adequado”, explicou a secretária de Saúde, Regina Maura Zetone.

O sensor instalado diretamente na pele é trocado a cada 14 dias. Uma vez por mês, o paciente vai até a farmácia de dispensação, no Atende Fácil Saúde, e leva o leitor para que os dados sejam transferidos para o sistema. O médico do paciente terá acesso a essa plataforma de qualquer localidade com todos os relatórios. Caso o paciente esteja fazendo o uso do aplicativo de celular, as informações sobem automaticamente para a nuvem e o médico também terá acesso. “Um instrumento que certamente vai facilitar a vida das crianças e estudantes que lidam diariamente com a doença. Muitas crianças passam o dia todo na escola e o aparelho vai facilitar o controle de professores garantindo mais segurança, qualidade e agilidade na tomada de decisões”, afirmou a secretária de Educação, Minéa Fratelli.

Claudia Lopes da Silva, mãe de Giovanna (14 anos), ficou encantada com a tecnologia. “Isso vai mudar a vida da minha filha e a minha também. Os dedinhos dela estão constantemente roxos de tanto furar. Agora, ela terá mais liberdade e eu, mais tranquilidade”, comemorou.

Uma educadora em diabetes capacitou todos os pais e alunos logo após o lançamento do evento. No mês de julho, a capacitação foi realizada com 335 pessoas, entre educadores (diretores e coordenadores do ensino infantil, fundamental e médio) e equipes da Atenção Básica (auxiliares e técnicos de enfermagem, enfermeiros, pediatras e médicos da ESF, nutricionistas e Agentes Comunitários de Saúde), para entenderem o funcionamento do dispositivo e auxiliarem as crianças envolvidas no programa.