Publicado em: 28/10/2024
A Fundação do ABC (FUABC) acaba de lançar oficialmente seu Comitê Institucional de Boas Práticas para Cumprimento de Cotas Obrigatórias. O novo grupo de trabalho tem como objetivo consolidar as ações que garantem o cumprimento das cotas legalmente exigidas, incluindo aquelas destinadas a pessoas com deficiência (PcD) e ao programa Jovem Aprendiz, promovendo a inclusão e a equidade no ambiente corporativo.
Sob responsabilidade da Diretoria Executiva de Gestão de Pessoas da FUABC, o comitê é composto por cerca de 30 integrantes de todas as unidades gerenciadas, da Unidade de Apoio Administrativo e do Centro Universitário FMABC. A comissão tem como atribuições o desenvolvimento e a implementação de estratégias para o cumprimento das cotas obrigatórias, a promoção da disseminação de boas práticas entre as unidades da Fundação do ABC e a avaliação contínua das metas estabelecidas. Além disso, o grupo será responsável por elaborar relatórios periódicos sobre o progresso das ações para a alta administração e propor medidas corretivas ou de aprimoramento sempre que necessário, garantindo a efetividade das iniciativas de inclusão.
O lançamento do Comitê de Boas Práticas em 25 de outubro contou com a presença de diversos gestores, colaboradores e lideranças da instituição e de suas unidades. Entre os presentes, estiveram o presidente da Fundação do ABC, Dr. Luiz Mário Pereira de Souza Gomes, o gerente corporativo Jurídico, Dr. Sandro Tavares, e a gerente corporativa de Gestão de Pessoas, Nubia Secafem de Freitas, uma das idealizadoras da iniciativa.
“O maior patrimônio da Fundação do ABC são seus 29 mil colaboradores. São as pessoas. Neste aspecto humano, não poderíamos deixar de lembrar da inclusão das pessoas no ambiente de trabalho. O processo de inclusão hoje na sociedade é candente. E não podemos fazer ações tímidas ou pontuais. Quero propor um grande enlace para que possamos fazer essas ações de forma coordenada e tornar a instituição cada vez mais humana e sustentável. É um valor de humanidade”, disse o presidente da FUABC, Dr. Luiz Mário Pereira de Souza Gomes.
Gerente corporativa de Gestão de Pessoas da FUABC, Nubia Secafem de Freitas reforçou a necessidade de uma mobilização coletiva de gestores, equipes de Recursos Humanos e da área de saúde ocupacional para garantir a eficácia da iniciativa. “É um momento significativo. Faz parte de uma mudança cultural da FUABC. A instituição do comitê, além de atender à legislação, é necessária para garantirmos um dos nossos principais valores institucionais, que é o humanismo. Não é apenas a manutenção da cota. Precisamos fazer com que esse profissional PcD sinta-se pertencente à Fundação do ABC. Contamos com a colaboração de todos”.
A solenidade também contou com dois palestrantes renomados em suas áreas de atuação. O primeiro foi o Dr. José Carlos do Carmo, médico e mestre em Saúde Pública pela Universidade de São Paulo (USP), auditor fiscal do trabalho e membro da equipe técnica do Centro de Referência Estadual em Saúde do Trabalhador. Ele coordena a Câmara Paulista para Inclusão da Pessoa com Deficiência, é autor de livros e artigos na área de saúde do trabalhador e inclusão da pessoa com deficiência. Em sua palestra, o especialista trouxe importantes reflexões sobre força de trabalho, discriminação ativa e passiva, diversidade, empatia e aspectos da Lei Brasileira Inclusão (LBI).
“Nenhuma sociedade existe sem trabalho. Mas se o trabalho não for capaz de produzir bens e valores, além de mercadoria, nenhuma sociedade sobreviveria. E por essa razão o trabalho tem um papel fundamental, enquanto reconhecimento social e também quanto à realização profissional”, disse o palestrante.
O evento foi encerrado com a palestra de Vanessa Salvate Fanti, referência em reabilitação profissional e assistente social do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS). A convidada apresentou práticas bem-sucedidas focadas nos reabilitados do INSS e orientou os gestores sobre as melhores formas de recrutar e treinar PcDs para a atividade profissional. “As empresas precisam ser mais protagonistas neste processo. E a área de Recursos Humanos deve ser o agente facilitador. Precisa ir aonde a pessoa com deficiência está, fazendo uma busca ativa”, destacou a palestrante.
Fanti também mencionou a questão do limbo previdenciário, caracterizado pela situação em que o trabalhador recebe alta médica do INSS, mas não pode voltar ao trabalho por ser considerado inapto pelo médico da empresa. Em geral, tal condição favorece o início do trabalho informal, muitas vezes colocando em risco o quadro de saúde do trabalhador.
O novo comitê da FUABC representa um passo significativo na trajetória da entidade, reforçando a responsabilidade social e o compromisso com a promoção de um ambiente de trabalho mais justo e inclusivo para todos.