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Publicado em: 10/11/2016
A Prefeitura de São Bernardo, em parceria com a disciplina de Cabeça e Pescoço da Faculdade de Medicina do ABC, promove desde segunda-feira (7 de novembro), das 8h às 16h, a nona edição da campanha “Abra a Boca para a Saúde”, com sede na entrada do Poupatempo (Rua Nicolau Filizola, 100 – Vila Euclides). A iniciativa ocorre até sexta-feira (11) e tem como objetivo diagnosticar casos de câncer bucal em estágio inicial e disponibilizar informações à população sobre prevenção da doença.
Equipes atendem população na entrada do Poupatempo de São Bernardo
Para a paciente Adriana Assis Lopes, do Bairro Botujuru, ações como essa são muito importantes, principalmente porque aproximam as pessoas do atendimento sem a necessidade de marcar uma consulta. “Poder ser atendida rapidamente, avaliada e orientada sobre os cuidados com a minha saúde é muito importante. Estou há três anos sem visitar o dentista e hoje me informaram que posso passar na UBS da minha região, que faz esse tipo de atendimento”.
Durante a campanha, cerca de 50 profissionais – entre dentistas, auxiliares, médicos de cabeça e pescoço, buco-maxilo-facial e estomatologistas – participam da ação da Secretaria da Saúde. No caso de suspeita de câncer bucal, o paciente é encaminhado para uma das unidades do Brasil Sorridente/Centro de Especialidades Odontológicas. Caso confirmada doença, é feito encaminhamento para o ambulatório da disciplina de Cabeça e Pescoço no Hospital Anchieta – referência no município para esse tipo de assistência.
“Há uma boa adesão da população ao programa e o que sempre reforçamos com os pacientes é a importância de passarem pelos dentistas da rede e trabalhar na questão da prevenção. Muitos dos que nos procuram durante a campanha são pessoas que apresentam histórico de câncer na família”, comenta a dentista e estomatologista Claudia Willian Rached.
Quem participa da campanha recebe panfletos informativos sobre autoexame da boca, que deve observar os lábios, língua (principalmente as bordas), assoalho (região embaixo da língua), gengivas, mucosa jugal (bochecha), palato (céu da boca) e amígdalas.
Para Josafá Moreira, morador do Taboão, o atendimento foi positivo: “Não tinha esse tipo de atendimento quando eu era criança. E muitas vezes, no interior, éramos orientados a arrancar um dente e esse era o nosso tratamento. Aqui os dentistas explicaram os riscos que o álcool e o cigarro trazem para a nossa boca e orientaram direitinho como cuidar e fazer o autoexame”.
PREVENIR é FUNDAMENTAL
Cerca de 80% dos pacientes que procuram serviços de diagnóstico e tratamento já estão em estágio avançado de câncer bucal. Nesses casos, a probabilidade de cura é menor e o tratamento é mais complexo, levando a disfunções na deglutição de alimentos e na fala, além de deformidades estéticas. Isso gera mais gasto para o paciente e para a sociedade.
No grupo de risco estão homens com mais de 40 anos, fumantes e com abuso de álcool. A professora da disciplina de Cabeça e Pescoço da Faculdade de Medicina do ABC, Dra. Jossi Ledo Kanda, cita também entre as causas o mau estado de conservação dos dentes e próteses dentárias mal-ajustadas. Entre as atitudes de prevenção estão evitar o fumo e o álcool, não se expor ao sol sem proteção (câncer do lábio), promover higiene bucal mantendo os dentes em bom estado, além de fazer pelo menos uma consulta odontológica de controle a cada ano e adotar dieta saudável, rica em vegetais e frutas.
Os sinais de alerta podem ser identificados em feridas na boca que não cicatrizam em duas semanas, ulcerações superficiais indolores (podendo sangrar ou não), manchas esbranquiçadas nos lábios ou na mucosa bucal, dificuldade para falar, mastigar e engolir, além de nódulos no pescoço. Deve-se procurar médico ou dentista para avaliação e orientação.
Nas lesões iniciais, o tratamento pode ser exclusivamente cirúrgico e com até 80% de cura. No tratamento dos tumores avançados é feita cirurgia associada à radioterapia, dependendo da localização do tumor, com alterações funcionais e estéticas mais graves e com redução do índice de cura. A quimioterapia associada à radioterapia pode ser empregada nos casos mais avançados, quando a cirurgia não é possível, tendo resultados pobres.