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Publicado em: 11/11/2016
A disciplina de Cirurgia Plástica da Faculdade de Medicina do ABC aderiu à campanha da Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica (SBCP) e participou entre os dias 21 e 28 de outubro da segunda edição do “Mutirão Nacional de Reconstrução Mamária”. Cerca de 840 mulheres que passaram por mastectomia – remoção de uma ou ambas as mamas – foram atendidas gratuitamente por cirurgiões plásticos de quase todo o país para procedimentos de reconstrução mamária. No ABC foram oito procedimentos de grande porte, realizados no Hospital Anchieta, em São Bernardo, e no Hospital Estadual Mário Covas, em Santo André.
Atendendo ao convite da Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica, disciplina operou pacientes no Hospital Anchieta e no ‘Mário Covas’
“Selecionamos casos de cirurgias mais complexas para o mutirão do Outubro Rosa. Foram procedimentos de reconstrução total, alguns, inclusive, com necessidade de ajustes na segunda mama”, detalha o professor de Cirurgia Plástica da FMABC, Dr. André Luiz Pires de Freitas, que acrescenta: “Foi bastante importante participar do projeto e envolver nossos médicos residentes nesse movimento. Além disso, como centro de referência em Cirurgia Plástica e em cirurgia de reconstrução mamária, a Faculdade de Medicina do ABC não poderia ficar de fora do Outubro Rosa e de uma ação social tão importante”.
ROTINA ASSISTENCIAL
A cirurgia de reconstrução de mama – total ou parcial – é considerada fundamental para elevar a autoestima de mulheres que necessitam passar pela mastectomia. O procedimento reparador faz parte da rotina assistencial da disciplina de Cirurgia Plástica, que desde 1998 mantém grupo específico para atendimento de todo tipo de caso relacionado às mamas, incluindo estética e reconstrução. O trabalho é desenvolvido em parceria com a área de Mastologia da FMABC e hoje não há filas tanto para as cirurgias de reconstrução imediata quanto para as realizadas de maneira tardia – feitas posteriormente à retirada da mama e aos tratamentos subsequentes, como a quimioterapia e a radioterapia.
“Temos como prática a avaliação conjunta das pacientes pela Cirurgia Plástica e pela Mastologia, pois o ideal é que, sempre que haja indicação clínica, realizemos a reconstrução da mama de imediato, na sequência da cirurgia de mastectomia”, explica Dr. André Luiz Pires de Freitas. No caso de cirurgias tardias, as pacientes são avaliadas pela disciplina de Cirurgia Plástica e, quando há indicação para reconstrução mamária, passam pela Mastologia ou pela Oncologia para liberação. Assim que o procedimento é autorizado, a mulher já inicia os exames pré-operatórios obrigatórios e tem a cirurgia agendada.
Hoje as reconstruções mamárias feitas pela FMABC são realizadas no Hospital Estadual Mário Covas e no Hospital Anchieta. Alguns casos também são operados no Hospital Municipal Universitário de São Bernardo (HMU) pela equipe do Anchieta.
MUTIRÃO NACIONAL
O 2º Mutirão Nacional de Reconstrução Mamária da Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica contou com participação de aproximadamente 800 profissionais da área de 18 unidades da federação que contam com uma regional da entidade: Alagoas, Amazonas, Bahia, Ceará, Pará, Paraíba, Pernambuco, Sergipe, Espírito Santo, Goiás, Mato Grosso do Sul, Minas Gerais, Rio de Janeiro, São Paulo, Paraná, Rio Grande do Sul e Santa Catarina, além do Distrito Federal. Foram cerca de 840 cirurgias realizadas em quase 100 hospitais públicos e privados. As pacientes que participaram do mutirão foram selecionadas previamente e realizaram todos os exames necessários para a cirurgia.
Em entrevista à Agência Brasil, o presidente da SBCP, Luciano Chaves, destacou que a reconstrução da mama é parte integrante da proposta de tratamento para o câncer de mama implementada atualmente no Brasil, que envolve o diagnóstico, a cirurgia para retirada de parte da mama ou de toda a mama, a quimioterapia e a radioterapia e, por fim, a plástica reconstrutora. “A reconstrução mamária é um direito garantido em lei”, reforçou Chaves, ao completar: “O mutirão devolve a essas pacientes a autoestima. Estudos mostram que as mulheres reconstruídas têm menor chance de reincidir no câncer porque essas doenças estão relacionadas à produção de endorfina e ao equilíbrio emocional. Mulheres mastectomizadas são mais deprimidas, mutiladas, tristes. Mulheres reconstruídas retomam seu relacionamento afetivo, encontram um ponto de equilíbrio psicoafetivo e uma melhora do humor e do estado depressivo”, concluiu.