Publicado em: 18/11/2016
Dias 10 e 11 de novembro, a cidade de Salvador (BA) sediou o 1º Congresso Baiano de Qualidade do Cuidado e Segurança do Paciente (Qualiseg/Bahia). Voltado a profissionais de saúde, gestores de serviços de saúde, estudantes de graduação e pós-graduação da área, o evento foi realizado com abordagem multidisciplinar das estratégias, avanços e desafios para a segurança do paciente. O Hospital Municipal Central de Osasco Antônio Giglio esteve presente e foi representado pela fonoaudióloga especialista em motricidade orofacial com ênfase hospitalar, Joyce Araújo Barros, e pela terapeuta ocupacional especialista em neurologia, Cintia Cristina Castellani.
Na oportunidade, as profissionais participaram ativamente do congresso e apresentaram dois cases. O primeiro tema foi sobre o impacto da liderança positiva dos enfermeiros na coordenação do cuidado integral e segurança do paciente. O objetivo foi desenvolver o pensamento estratégico para a organização da rotina de cuidados em todos os setores do hospital, com prioridade aos pacientes mais vulneráveis. “Elaboramos este trabalho com base em cinco encontros de liderança e processos de trabalho com a equipe de enfermeiros do HMCO, sempre focando nas questões de liderança e processo de trabalho”, explica Joyce Araújo Barros, que completa: “Desenvolver competências de liderança dos enfermeiros é fundamental para tenham uma visão geral do atendimento e para diminuir os riscos ao paciente”.
O segundo tema abordou grupo criado no HMCO para desenvolver a corresponsabilidade da equipe de técnicos de enfermagem com o cuidado integral dos pacientes que sofrem de úlceras por pressão (UPP). Algumas das seis metas da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA), presente no protocolo da Organização Nacional de Acreditação (ONA), são a prevenção e redução dos agravos de UPP. Trata-se de lesão na pele que tem entre os fatores de risco a percepção sensorial, umidade, atividade motora, mobilidade do paciente, nutrição, fricção e cisalhamento.
O objetivo foi mostrar o que é preciso para reduzir o risco das UPP, melhorar a qualidade integral e a percepção de agravos, além de desenvolver o pensamento estratégico para a organização da rotina de cuidado nos setores, priorizando o cuidado dos pacientes mais vulneráveis através da utilização da chamada Escala de Braden. “No primeiro mês do grupo foram 12 encontros, com participação de 53 colaboradores que foram sensibilizados sobre os fatores de risco e treinados quanto ao uso estratégico do Escore de Braden”, explica Cintia Cristina Castellani, que também é especialista em tecnologia assistiva e gestão pública de saúde.
“Somos muito gratas à gestão do HMCO pelo apoio na implantação estratégica desses grupos e desenvolvimento com foco na melhoria da qualidade pela Educação Permanente. Sabemos que o fortalecimento dos colaboradores através da corresponsabilização da qualidade do cuidado é uma tendência nos modelos de gestão mais modernos”, finaliza a profissional.