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Parceria entre a Fundação do ABC e o Governo do Estado de São Paulo, o Hospital Estadual Metropolitano Santa Cecília encerrou suas atividades em março de 2022 após 12 meses de atuação como Hospital de Campanha contra o novo coronavírus. Inicialmente com dedicação exclusiva para casos de Covid-19, a unidade recebeu seu primeiro paciente às 20h04 de 11 de abril de 2021. Em 13 de abril, o governador João Doria e o secretário de Estado da Saúde, Jean Gorinchteyn, visitaram as instalações e realizaram a inauguração oficial do hospital, sucedida por coletiva de imprensa.

Ao longo de um ano de trabalho, o Hospital Santa Cecília figurou entre os principais equipamentos do Estado vocacionados ao enfrentamento da pandemia. Durante o período foram registradas 1.093 internações e 132.819 exames, além de 913 consultas e 657 cirurgias.

Localizado na região central da Capital, o Hospital Estadual Metropolitano Santa Cecília estava instalado em prédio com 10 andares cedido por um ano ao Estado pela iniciativa privada, onde funcionou até 2019 o Hospital Santa Cecília. O plano de trabalho apresentado pela Fundação do ABC foi eleito vencedor para celebração do convênio emergencial para gerenciamento da unidade, cuja publicação no Diário Oficial do Estado ocorreu em 27 de março de 2021. Na mesma data, comitiva da FUABC e da Secretaria de Estado da Saúde estiveram no local para receber as chaves.

A partir de então, em apenas 15 dias o hospital recebia o primeiro paciente internado por Covid-19. Todas as equipes da Fundação do ABC estiveram envolvidas no processo e trabalharam ininterruptamente para a contratação de pessoal, revisão de todas as instalações, aquisição de insumos e medicações, reformas, compra e instalação de equipamentos, entre muitas outras ações básicas necessárias para o início da unidade.

Com alas e leitos abertos gradativamente, foram 54 dias entre o recebimento das chaves e o cumprimento integral da primeira etapa do contrato, com a entrega de 60 leitos. Essa fase inicial contou com 20 leitos de Terapia Intensiva (UTI) e 40 de enfermaria. Na segunda fase, concluída em julho de 2021, a unidade passou a operar com 40 leitos de UTI e 64 de enfermaria, totalizando 104 leitos.

HUMANIZAÇÃO

Paralelamente às questões assistenciais, um dos pontos mais importantes do projeto da Fundação do ABC foi a preocupação com o bem-estar dos pacientes e de seus familiares durante todo o período de internação.

Desde o início, o foco foi a humanização do serviço e o acolhimento de pacientes e seus familiares, com equipes de assistentes sociais e de Psicologia empenhadas nesse sentido. Também se optou pela instalação de um espaço exclusivo para os familiares, em função da restrição de visitas pelo elevado risco de contaminação pela Covid-19. Dessa forma, foi criada a Visita Virtual em ala externa, no primeiro pavimento do Hospital – um serviço que conectava as famílias aos entes queridos internados. Do lado de dentro, as equipes assistenciais coordenavam a questão logística das videochamadas em tempo real.

“Graças ao empenho imensurável dos colaboradores e do apoio do Governo do Estado, conseguimos atravessar os piores momentos da pandemia com a entrega de um atendimento resolutivo, humanizado e de excelência. Recebemos agradecimentos públicos de muitos pacientes, inclusive, confirmando que estávamos no caminho certo e que deveríamos continuar”, recorda a então diretora-geral do hospital, Dra. Sandra Giron Gallo.

De maneira pioneira, o hospital também instituiu a “Sala do Adeus”, um local seguro para despedida humanizada e acolhimento às famílias que perderam entes queridos para a Covid-19. “De todos os equipamentos do Estado de São Paulo que trabalharam com Covid-19, o Hospital Santa Cecília foi o único que planejou e abriu um espaço capaz de permitir a despedida dos familiares de seus entes queridos. Foi um projeto muito importante, com impacto incrível na questão da humanização”, garante a diretora.

EXAMES EXTERNOS E CIRURGIAS

Em agosto de 2021, com a redução geral de casos de Covid-19 no Estado, o Hospital Santa Cecília deu início à realização de exames ambulatoriais externos de tomografia, com capacidade semanal de 25 exames. A partir de setembro, também passou a disponibilizar 20 exames de ultrassonografia por semana para pacientes que aguardavam agendamento desde 2020. Os procedimentos foram ofertados via Central de Regulação de Ofertas e Serviços de Saúde (CROSS). O objetivo foi aproveitar a estrutura hospitalar para agilizar a fila de espera por exames eletivos que ficaram represados durante a pandemia, com média de 180 exames ambulatoriais ofertados por mês.

Em 2022, o campo de atuação foi ampliado ainda mais e a unidade passou a realizar cirurgias eletivas. Entre janeiro e março foram 657 procedimentos, entre os quais cirurgias ginecológicas, cirurgia geral – inclusive por videoscopia –, varizes através de ‘espuma’ e exames de histeroscopia diagnóstica.

Para a abertura do novo serviço, foi necessário montar um Ambulatório Pré-Cirúrgico no 1º andar, no local onde funcionava a Visita Virtual – transferida para o piso Térreo. O Centro Cirúrgico foi ativado no 6º andar, que passou a ser exclusivo para as cirurgias eletivas, assim como o 2º e 3º andares, que somavam 35 leitos de enfermaria, 10 de UTI para retaguarda e 8 para recuperação pós-anestésica.