Aluna de Fisioterapia faz TCC sobre qualidade de vida dos estudantes durante pandemia

Publicado em: 04/12/2020

A estudante Talita Abdias Leal (à esquerda), e a orientadora do trabalho e vice-coordenadora do curso de Fisioterapia da FMABC, Dra. Alessandra Cristina Biagi

Motivada pela entrega do TCC (Trabalho de Conclusão de Curso) e pela situação emocional dos estudantes em meio à pandemia, a aluna do curso de Fisioterapia do Centro Universitário Saúde ABC / Faculdade de Medicina do ABC (FMABC), Talita Abdias Leal, junto à orientadora do trabalho e vice-coordenadora do curso de Fisioterapia, Dra. Alessandra Cristina Biagi, decidiu avaliar a qualidade de vida dos estudantes do curso de Fisioterapia durante o período de quarentena.

A ideia surgiu em uma conversa sobre o afastamento dos alunos de suas atividades presenciais, dos estagiários de seus afazeres nos campos de prática e sobre a finalização do curso. O trabalho aborda o quanto o isolamento social interfere na qualidade de vida dos estudantes, não só pela questão do afastamento, mas por fatores como adaptação do espaço domiciliar para atividades remotas, qualidade do sinal de internet, equipamentos apropriados para a participação e teleatendimentos, entre outros fatores.

Para a realização do trabalho, a aluna contou com o apoio não só de sua orientadora, mas de seus colegas para responder aos questionários sobre o tema, encaminhados no formato on-line. “O momento mais complicado foi conseguir a adesão dos colegas para responder o formulário. Apesar de o link ser enviado via WhatsApp, por pelo menos cinco , a adesão foi considerada baixa”, relata Talita.

A orientadora da pesquisa atribui a baixa adesão ao estado de desânimo dos estudantes com o momento pandêmico, que exige inúmeras restrições e inovações. Além de apresentarem medo do desconhecido, os alunos precisaram se adaptar rapidamente à rotina de estudo remoto. O desafio engloba, portanto, tanto as práticas de atividades dos alunos quanto dos docentes. Foi preciso aprender a acessar recursos digitais e plataformas antes não exploradas, lidar com instabilidades de sinal de internet, entre outras dificuldades e desafios.

“Temos muitos alunos que possuem família em outros estados ou municípios. Na incerteza do que ia acontecer, acabaram por ficar sozinhos por muito tempo, o que contribuiu para a alteração dos fatores emocionais. Após a finalização da pesquisa constatamos que a pior qualidade de vida é encontrada justamente no aspecto emocional, ligado à vitalidade e saúde mental, o que nos faz refletir sobre estratégias de apoio ao aluno, como acompanhamento psicológico e novas diretrizes de ensino e avaliação”, resume a Dra. Alessandra Cristina Biagi.