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Publicado em: 17/04/2025
Maristela Soares de Almeida e Nauska Pierre Louis
Na Assistência Médica Ambulatorial (AMA)/Unidade Básica de Saúde (UBS) Integrada Jardim das Laranjeiras, localizada em São Mateus, o atendimento à comunidade haitiana, estimada em 400 pessoas, levou a equipe a desenvolver estratégias permanentes para garantir que as barreiras do idioma não sejam um obstáculo ao acesso a consultas, prevenção à saúde e tratamentos.
“Percebemos que, apesar da frequência dos haitianos na UBS, a língua limitava a compreensão dos serviços disponíveis”, comenta a gestora do equipamento, Kelly Patricia Serejo. Ela explica que a solução veio primeiramente por meio da atuação da agente comunitária de saúde (ACS) Nauska Pierre Louis, de ascendência haitiana e fluente na língua crioula e em francês, que facilita a comunicação entre os profissionais e os pacientes.
Nauska, que está na equipe de Estratégia Saúde da Família há quatro anos e é responsável por uma das áreas com alta concentração de haitianos, não só traduz, mas facilita as orientações sobre prevenção, agendamentos e direitos na saúde. As ações extramuros – realizadas fora da unidade em locais de maior concentração – são um exemplo: evitam filas longas e garantem atendimento personalizado. Para melhorar a inclusão dos imigrantes, a UBS também readequou seus processos internos.
Outra iniciativa para melhorar o atendimento aos que vêm do Haiti é a distribuição de materiais informativos traduzidos para o crioulo e francês, abordando temas como tuberculose, dengue, leptospirose e hanseníase, além de um folder do programa “Mãe Paulistana” que destaca os direitos das gestantes na cidade de São Paulo para a realização das consultas pré-natais, exames gratuitos e transporte para as consultas.
MUTIRÃO
Como forma de levar seus serviços e gerar vínculo com a população haitiana da região, em 28 de fevereiro, a AMA/UBS Jardim das Laranjeiras promoveu um mutirão de saúde direcionado principalmente à comunidade. A ação, batizada de “Vem Cuidar da Sua Saúde” (“Vin Pran Swen Santew”, na língua crioula haitiana), teve como objetivo reduzir barreiras linguísticas e culturais que muitas vezes dificultam o acesso desse público aos serviços de saúde.
Coordenada pela enfermeira Maristela Soares de Almeida, a iniciativa proporcionou um circuito completo de atendimentos, incluindo orientação odontológica e entrega de kits de higiene bucal, orientação e atualização vacinal, atendimento e avaliação nutricional, orientação do Serviço Social, realização de testes rápidos para HIV, sífilis e hepatite, estratificação de risco para hipertensão, exames laboratoriais e de imagem. Ao final do dia, 52 atendimentos médicos foram realizados, com a devolutiva dos exames no dia 4 de maio e a convocação dos pacientes com resultados alterados para acompanhamento na unidade.
Segundo a Secretaria Municipal da Saúde (SMS), a cidade de São Paulo possui cerca de 203 mil migrantes cadastrados nos serviços de saúde. Em relação à nacionalidade, as dez mais atendidas são: Bolívia (271.598), Angola (82.728), Venezuela (60.812), República do Haiti (38.070), Paraguai (27.843), Uganda (25.795), Portugal (24.975), Peru (18.646), Nigéria (10.924) e Argentina (10.764). Em 2024, o serviço municipal de saúde da capital registrou 735 mil atendimentos a migrantes.