Publicado em: 06/02/2015
O Banco de Leite Humano do Hospital Municipal Universitário (HMU) de São Bernardo do Campo recebeu no final de 2014 certificação de excelência na Categoria Ouro – o nível mais elevado de qualidade em assistência. O título foi concedido pelo Programa Ibero-americano de Bancos de Leite Humano, desenvolvido pelo Ministério da Saúde e pela Fundação Oswaldo Cruz.
O programa ibero-americano foi criado em 2007 para promover a troca de conhecimento e tecnologia nas áreas de aleitamento materno e banco de leite humano e é formado por 11 países – Argentina, Bolívia, Brasil, Colômbia, Costa Rica, Espanha, Panamá, Paraguai, Peru, Uruguai e Venezuela. Uma de suas iniciativas é o credenciamento de bancos de leite humano, ação que começou em 2013 e tem como objetivo garantir que os serviços funcionem dentro de normas estabelecidas.
Em 2014, 176 bancos de leite humano foram certificados em todo o país, em três categorias: Ouro (90 a 103 pontos), Prata (80 a 89) e Bronze (70 a 79 pontos). O HMU obteve resultado final de 101 pontos.
A avaliação de desempenho institucional levou em conta o cadastro atualizado do serviço na Rede Brasileira de Bancos de Leite Humano (rBLH-Br), se o banco possui alvará de funcionamento pela Vigilância Sanitária – o que garante as condições adequadas de coleta, armazenamento e pasteurização –, a realização dos exames microbiológicos e físico-químicos do produto, o quadro completo de funcionários e capacitação profissional – no serviço do HMU, todos os colaboradores passaram pelo treinamento de 40 horas. Além disso, foram avaliados os equipamentos, o registro de informações no sistema e o modo como doadoras e bebês são atendidos.
Para a nutricionista responsável pelo Banco de Leite Humano do HMU, Nerli Pascoal, a classificação na Categoria Ouro é o reconhecimento do empenho e da seriedade com que os profissionais atuam no serviço. “Todos temos consciência de que é uma grande responsabilidade. Desde atender a um telefonema de uma possível doadora, passando pela retirada dos vidros com o leite materno e o processamento desse alimento, até as campanhas e o cadastro dos dados. Todas as etapas são fundamentais para garantir nosso objetivo maior, que é contribuir para o desenvolvimento do bebê prematuro”, avalia.
DOAÇÕES
Para ser doadora é preciso estar saudável, amamentando e ter sobra de leite. Sinais típicos de leite excedente são mamas muito cheias e registro de vazamentos constantes, mesmo após as mamadas. Não há volume mínimo para doação.
O alimento é recolhido na casa da doadora por técnicas do HMU, que também orientam quanto à retirada e ao armazenamento do leite. As interessadas devem entrar em contato pelo telefone 4365-1480, ramal 1203. O atendimento é 24 horas.