Campanha nacional contra o câncer de pele atende 115 pacientes no ABC

Publicado em: 06/12/2013

Organizada pela disciplina de Dermatologia da Faculdade de Medicina do ABC, ação teve atendimento 100% gratuito

A Sociedade Brasileira de Dermatologia organizou em 30 de novembro, pelo 15º ano consecutivo, a Campanha Nacional de Prevenção ao Câncer da Pele, que no Grande ABC foi coordenada pela disciplina de Dermatologia da Faculdade de Medicina da Fundação do ABC. Ao todo foram atendidos 115 pacientes da região, que compareceram ao posto no Instituto de Pele da FMABC, no próprio campus
universitário.

Entre os pacientes que buscaram o mutirão está o são-bernardense Hilário Pinto da Fonseca, de 71 anos, que estava preocupado com o crescimento de manchas na pele. “Estou com algumas manchas nos braços e no peito e comecei a ficar preocupado. Então fiquei sabendo da campanha e resolvi participar para ter certeza de que está tudo bem. Agora estou tranquilo, pois sei que minhas manchas não são câncer e que devo passar o protetor solar diariamente”, relatou o paciente.

O câncer de pele é causado pelo efeito cumulativo da radiação solar e normalmente se manifesta em pessoas com idade mais elevada. Por esse motivo, é uma das doenças mais constantes no público acima de 50 anos. “É importante que as pessoas se conscientizem da necessidade de prevenção da doença e também que passem periodicamente por avaliação médica. A maioria dos casos de câncer de pele é fácil de tratar e curável. O importante é buscar o diagnóstico precoce para proporcionar melhor prognóstico”, explica a professora de Dermatologia da Faculdade de Medicina do ABC, Dra. Cristina Laczynski, que coordenou a campanha na região.

Cerca de 30 profissionais da FMABC estiveram envolvidos nos atendimentos, entre dermatologistas, médicos residentes e alunos de Medicina membros da Lapac – Liga de Atendimento e Prevenção às Afecções Cutâneas.

Segundo dados da Sociedade Brasileira de Dermatologia, quase 32.700 pessoas passaram por atendimento na campanha de 2011 em todo o país e 12,51% foram diagnosticadas com câncer da pele. Mais de 300 indivíduos, o que corresponde a 1% do total, apresentaram melanomas malignos. O câncer da pele não melanoma é o mais incidente no Brasil, com 134.170 casos novos previstos para 2012 e 2013, conforme estatísticas do Instituto Nacional de Câncer (INCA).

No último sábado foram 139 postos de atendimento distribuídos por todo o país. Cerca de 4 mil voluntários estiveram prontos para levar informação e realizar o diagnóstico a todos que compareceram. A estimativa inicial é de que 42 mil pessoas foram atendidos na campanha deste ano.

Atenção aos sintomas
As principais características de risco para o câncer de pele são a presença de sardas, antecedentes na família, ferimentos que não cicatrizam com facilidade, pintas, sinais e verrugas que mudam de tamanho e cor, além de lesões avermelhadas. “Durante o mutirão realizamos atendimento específico, com exames dermatológicos e de dermatoscopia (avaliação de assimetria, bordas, coloração e diâmetro das pintas). Casos suspeitos foram encaminhados para tratamento na rede pública municipal ou no próprio Instituto de Pele da Faculdade de Medicina do ABC”, completa Dra. Cristina Laczynski.

O horário que apresenta risco mais acentuado de exposição ao sol é entre 10h e 16h, quando há maior incidência de raios ultravioletas. O filtro solar ainda é um dos principais meios de proteção contra raios solares e deve ser passado a cada duas horas ou logo após a entrada na água. O uso de bonés, chapéus e camisetas escuras, que absorvem a radiação solar e diminuem a exposição direta da pele ao sol, também é recomendado pelos dermatologistas.