FMABC promove treinamento sobre Parkinson a profissionais de saúde de Santo André

Publicado em: 05/04/2024

Ação visa melhorar diagnóstico precoce e tratamento adequado da doença por meio da integração entre especialistas e equipes de atenção primária

 

Capacitação contou com mais de 100 profissionais das UBSs de Santo André (foto: divulgação/FMABC)

O Centro Universitário FMABC organizou em 2 de abril um treinamento especial sobre a doença de Parkinson para mais de 100 profissionais das Unidades Básicas de Saúde do município de Santo André. A aula faz parte de uma série de atividades programadas para o mês de abril, período definido pelo Ministério da Saúde para conscientização sobre o tema.

O treinamento foi liderado pela neurologista e coordenadora do Ambulatório de Distúrbios do Movimento do Centro Universitário FMABC, Dra. Margarete de Jesus Carvalho, e destinado tanto a médicos como a profissionais das equipes multidisciplinares das unidades de atenção primária, destacando a importância de uma abordagem em várias frentes para permitir o diagnóstico e o tratamento adequado.

A FMABC conta com ambulatório especializado na doença de Parkinson há mais de 18 anos. Estima-se que o serviço conte atualmente com cerca de 250 pacientes, que são encaminhados pelas unidades básicas de saúde da região. Por conta disso, a integração entre os especialistas do ambulatório e os profissionais da atenção primária é considerada fundamental.

Durante a aula foi explicado o histórico da doença de Parkinson e os principais sinais que os profissionais que atuam no sistema de saúde devem notar para aumentar as chances de um diagnóstico nas fases iniciais do distúrbio.

Existem quatro sintomas considerados principais para identificar a doença, incluindo tremor em repouso, rigidez muscular, instabilidade postural e a bradicinesia (lentificação dos movimentos). Um paciente que apresenta bradicinesia e mais um desses três sinais tem alta probabilidade de doença de Parkinson.

A palestra também focou nos possíveis diferenciais de parkinsonismo, como os traumas em repetição na cabeça, algo típico em lutadores. A médica também explicou alguns efeitos que a doença pode causar na vida dos pacientes, como a dificuldade para dormir, falar e engolir alimentos.

Apesar das dificuldades trazidas pela doença, Dra. Margarete explicou que, com o tratamento adequado, é possível ter um bom nível de qualidade de vida. “Nosso ambulatório tem uma equipe que conta com médicos, enfermeiros, fisioterapeutas, nutricionistas e terapeutas ocupacionais. É uma abordagem multidisciplinar, que combinada com o tratamento medicamentoso, permite que o paciente se mantenha ativo e tenha uma boa qualidade de vida”, explica.