Centro Universitário Saúde ABC busca reacreditação internacional do curso de Medicina

Publicado em: 01/04/2020

Instituição integra a lista de 32 escolas médicas do País acreditadas pela World Federation for Medical Education (WFME)

O curso de Medicina do Centro Universitário Saúde ABC / Faculdade de Medicina do ABC (FMABC), em Santo André, deu início neste ano ao processo de reacreditação junto ao Sistema de Acreditação de Escolas Médicas (Saeme), selo de acreditação do Conselho Federal de Medicina (CFM) conquistado em 2018 e que vencerá em 2021. A certificação, criada em parceria com a Associação Brasileira de Educação Médica (Abem), reconhece a qualidade da formação oferecida aos recém-formados em Medicina sob diversos aspectos, como qualidade da gestão, projeto pedagógico, programa educacional, corpo docente, discente e infraestrutura. Em 2019, o selo do CFM/Abem foi reconhecido internacionalmente pela World Federation for Medical Education (WFME). Atualmente a FMABC integra a lista de 32 escolas médicas do País acreditadas pelo órgão internacional.

O plano de ações definido pelo Núcleo Docente Estruturante (NDE) do curso de Medicina da instituição reúne conjunto de propostas que envolve as 43 disciplinas do curso médico, com prazos e metas para apresentação de resultados. As propostas de melhoria são baseadas nos eixos de indicadores de qualidade que obtiveram menor pontuação nas avaliações do Saeme à época da primeira acreditação. Entre as ações previstas estão ajustes curriculares com base nas necessidades de saúde regionais; elaboração do perfil epidemiológico da população local; ampliação do serviço de preceptoria nas Unidades Básicas de Saúde (UBSs), bem como dos métodos de avaliação; formalização de convênios com as secretarias municipais de saúde (os Contratos Organizativos de Ação Pública de Ensino-Saúde – COAPES); predomínio de métodos de ensino centrados no estudante; desenvolvimento de práticas multiprofissionais com os outros nove cursos na área da saúde da instituição; incentivo às atividades científicas entre docentes pesquisadores, entre outras ações.

As pautas serão discutidas nas reuniões do NDE, que ocorrem de forma periódica. O professor responsável por cada proposta terá de fazer controle das ações no prazo de 30, 60 e 90 dias e apresentar para o NDE e seu colegiado. O prazo final para apresentação geral das propostas e suas respectivas execuções será em novembro.

“A partir da formação do Centro Universitário Saúde ABC-FMABC torna-se imperativo organizar e prever ações didático-pedagógicas contemporâneas que mantenham a grandeza conquistada nas últimas décadas e desenvolva novas abordagens na construção de conhecimento e desenvolvimento docente/discente. A educação médica tem evoluído com novos modelos, teorias, abordagens e precisamos estar não apenas atualizados, mas pensando, produzindo e mantendo contato com o que há de melhor nesta área”, explica o coordenador do curso de Medicina e professor da FMABC, Dr. Mario Paulo Faro Júnior, que conduz o processo de acreditação junto aos docentes Sergio Baldassin e David Feder.

INCLUSÃO DE DEFICIENTES

Outra proposta da coordenação do curso de Medicina do Centro Universitário Saúde ABC-FMABC é criar um Programa de Apoio à Permanência de Alunos com Necessidades Especiais ou Adicionais, como forma de reforçar o compromisso social e educacional da instituição junto à comunidade acadêmica e em prol da inclusão e capacitação de funcionários e alunos. Os membros do programa incluirão, inicialmente, médicos de várias especialidades. São eles: clínicos, cirurgiões gerais, neurologista, psiquiatra, oftalmologista, otorrinolaringologista e fisiatra, além de terapeuta ocupacional e um membro indicado pelo núcleo de acessibilidade da FMABC. Outros integrantes poderão ser incluídos para cuidar especificamente de cada caso.

A primeira missão do programa será localizar os alunos que atualmente frequentam o curso de Medicina e que possuem necessidades especiais ou adicionais. Assim que forem avaliadas as necessidades do aluno – recém-aprovado ou já matriculado – será criado um plano imediato semestral de apoio e outro de planejamento constante. Este organograma com detalhes e projeções de competências e disciplinas deverá ser apresentado ao Núcleo Docente Estruturante (NDE) e seu colegiado para avaliação e aprovação.

Entre outras ações previstas, as disciplinas serão estimuladas a abordar em suas aulas teóricas e práticas os casos de necessidades especiais ou adicionais e a colocar casos clínicos em suas avaliações que abordem tais situações. O projeto completo de sensibilização e ensino, que também envolverá colaboração dos pais dos alunos, é coordenado pelos professores Mario Paulo Faro Júnior, Sergio Baldassin, David Feder, Rubens Wajnsztejn e Alessandra Wajnsztejn.

Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), um bilhão de pessoas no mundo vive com algum tipo de deficiência. A entidade recomenda que haja treinamento constante de todos os profissionais de saúde em relação às questões de deficiência, investimento em serviços como reabilitação e inclusão, bem como divulgação de seus direitos.