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A partir da pandemia do novo coronavírus, equipamentos de proteção
individual entraram em falta em todo o mundo e Anvisa passou a
recomendar o reuso das máscaras do tipo N95

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Com objetivo de orientar profissionais da Saúde sobre o armazenamento e reuso de máscaras do tipo N95, a professora do curso de Enfermagem do Centro Universitário Saúde ABC / Faculdade de Medicina do ABC (FMABC), Simone Garcia Lopes, gravou vídeo com o passo a passo de um método simples e seguro para a guarda adequada do equipamento de proteção individual (EPI), utilizando apenas uma folha de papel sulfite.

O vídeo de apenas 3 minutos está sendo divulgado via WhatsApp e nas redes sociais – somente no Facebook já contabiliza mais de 23 mil visualizações. A Sociedade Brasileira de Enfermagem de Centro Cirúrgico, Recuperação Anestésica e Central de Material e Esterilização (SOBECC), onde a docente é diretora da Comissão de Assistência, também divulgou a sugestão em sua página no Facebook, com alcance de quase 10 mil visualizações.

A iniciativa de Simone Garcia Lopes partiu da recente necessidade de acondicionamento das máscaras N95, que costumavam ser descartadas após o uso, mas que estão em falta no mercado mundial em função da pandemia do novo coronavírus. Com a insuficiência do EPI, os órgãos de controle passaram a recomendar aos profissionais da Saúde o reuso, desde que obedecidas regras sanitárias.

Em 21 de março, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) publicou nota técnica sobre o tema, que orienta a utilização de máscaras N95 ou equivalentes por período maior do que o indicado pelos fabricantes, “desde que a máscara esteja íntegra, limpa e seca”. Desde então, a Agência passou a indicar “o uso além do prazo de validade designado pelo fabricante, porque muitos desses produtos têm indicação de descarte a cada uso”.

A orientação foi definida pela Anvisa em conjunto com representantes de diversas associações de profissionais da área de controle de infecções e do Ministério da Saúde. A nota técnica também esclarece que o uso de máscaras N95 e equivalentes deve ocorrer somente na realização de procedimentos que gerem aerossóis. “Como exemplo, é possível citar casos de intubação ou aspiração traqueal, ventilação não invasiva, ressuscitação cardiopulmonar, ventilação manual antes da intubação, indução de escarro, coletas de amostras nasotraqueais e broncoscopias”, enumera a Anvisa.

A professora Simone Garcia Lopes explica que as máscaras N95 podem ser acondicionadas tanto em sacos plásticos quanto em envelopes de papel, desde que não sejam embaladas hermeticamente, pois é necessário que haja troca de ar na máscara pelo período em que estiverem guardadas. A docente acrescenta: “Neste período de pandemia e de escassez de EPIs, temos que buscar soluções simples e criativas para proteger os profissionais que estão na linha de frente, no atendimento aos pacientes suspeitos e confirmados com a Covid-19. Gravei o vídeo mostrando o passo a passo de uma sugestão simples, que utiliza materiais de fácil acesso nas unidades de saúde e que permitem a reutilização das máscaras N95 de maneira segura”.

O vídeo com o passo a passo da guarda da máscara N95 está disponível no link: https://youtu.be/ULPoDscXs0o. Para armazenar o EPI de maneira adequada e simples, basta seguir as instruções:

1. Pegue uma folha sulfite, coloque o nome do profissional, o setor e o horário de trabalho.
2. Dobre a folha ao meio duas vezes e corte a junção central, deixando um furo no centro da folha aberta.
3. Higienize as mãos com álcool gel e faça a remoção da máscara para iniciar a guarda.
4. Retire a máscara do rosto segurando sempre pelas alças.
5. Passe as alças da máscara pelo furo da folha, deixando o nome do profissional para o lado externo.
6. Dobre a folha ao meio, cobrindo a máscara dos dois lados.
7. Dobre as laterais da folha sulfite formando um envelope. Se preferir, grampeie ou cole as bordas com uma fita adesiva.
8. Na hora da reutilização, segure pela embalagem e rasgue a folha.
9. Pegue a máscara pelas alças e coloque no rosto.