São Caetano do Sul realiza ações pelo Dia da Luta Antimanicomial

Publicado em: 29/05/2025

Com oficinas terapêuticas, sarau e dança, CAPS de São Caetano promove mobilização por cuidado em liberdade e contra práticas manicomiais

 

A programação contribuiu com o tratamento de pacientes (foto: Eric Romero/PMSCS)

O Dia da Luta Antimanicomial (18 de maio) foi celebrado em São Caetano do Sul no dia 23, com ações abertas ao público no CAPS (Centro de Atenção Psicossocial) Dr. Ruy Penteado, gerenciado pela Fundação do ABC em parceria com o município. A programação esteve alinhada ao objetivo da data, que propõe mobilizações pelo fechamento de manicômios e em favor de práticas humanizadas e de acolhimento para o tratamento de pacientes com transtornos mentais.

Roda de dança circular, sarau e oficinas terapêuticas (varal dos sonhos e de origami, com a exposição dos trabalhos) foram algumas das atividades realizadas. Além de contribuir com o tratamento de pacientes, a programação exemplificou a forma com que os atendimentos são prestados na rede municipal, assegurando os direitos e a proteção das pessoas acometidas por transtornos mentais.

Além do CAPS, São Caetano tem o CAPS AD (Álcool e Drogas) e o CAPS Infanto-Juvenil. Em 2024, as três unidades e o programa de saúde mental escolar Cuca Legal realizaram 79 mil atendimentos, que incluem acolhimento, atividades no Hospital Dia, consultas com psiquiatras e psicoterapias, entre outros.

A DATA

O Dia da Luta Antimanicomial foi definido em 1987, durante um encontro de trabalhadores da saúde mental em Bauru (SP), que teve como lema “Por uma sociedade sem manicômios”. A proposta era ter um dia nacional de lutas e discutir as bases de uma proposta de reforma no sistema psiquiátrico brasileiro. Por décadas, a realidade dos hospícios no Brasil foi de privação de liberdade, camisa de força, choque elétrico e tortura.