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Publicado em: 29/05/2025
Método consiste no contato pele a pele entre cuidadora e bebê
O Hospital da Mulher (HM), que integra o Complexo de Saúde de São Bernardo do Campo, tem se destacado pela aplicação do Método Canguru, uma estratégia de assistência perinatal voltada ao cuidado humanizado e integral de recém-nascidos de baixo peso, especialmente os prematuros. Implementado oficialmente no Brasil em 2000, o método já era adotado pela equipe do HM nesse mesmo ano, com avanços contínuos que tornaram a unidade uma referência no cuidado neonatal humanizado.
Criado em 1979 na Colômbia, o Método Canguru é baseado no contato pele a pele precoce entre o bebê e seus cuidadores, principalmente a mãe. Entre seus benefícios estão a estabilização térmica e respiratória do bebê, redução de infecções, estímulo ao aleitamento materno exclusivo, fortalecimento do vínculo afetivo e maior participação da família nos cuidados com o recém-nascido.
No Hospital da Mulher, o método é desenvolvido em três etapas:
A unidade também realiza ações educativas com as famílias, e mantém um vínculo forte com a rede de atenção básica, o que possibilita o acompanhamento de prematuros extremos até os 7 anos de idade. Os resultados são expressivos: redução da mortalidade infantil, aumento do aleitamento materno exclusivo e maior protagonismo familiar no cuidado ao bebê.
Quem vivencia de perto os benefícios do Método Canguru é Ana Paula Alves Lima, 39, mãe do pequeno Lucas, nascido com apenas 30 semanas de gestação. Desde o nascimento, em 14 de abril, o bebê esteve internado na unidade neonatal do HM por 45 dias, e ela participa ativamente de sua rotina de cuidados. A mãe acredita que a técnica fez toda a diferença na recuperação do filho.
“Eu nunca tinha ouvido falar do Método Canguru e, no começo, até duvidei se daria resultado. Mas aos poucos fui vendo o quanto ajudou na recuperação do Lucas. Ele saturava melhor, respirava melhor. A gente aderiu 100% ao método: eu ficava durante o dia, meu marido à noite, e até pedi para liberarem minha sogra para ajudar”, explicou. “É cansativo, sim — você precisa ficar ali paradinha —, mas os benefícios são imensuráveis. Acredito que o método foi responsável por 70% da melhora do Lucas, principalmente na retirada do oxigênio”.
O contato com o filho, segurá-lo no colo e sentir seu cheiro têm dado mais força e esperança à Ana Paula. Após a alta, a família manteve a técnica em casa. Ela conta com uma forte rede de apoio, incluindo a mãe e a sogra, que se revezam nos cuidados. O pequeno Lucas permanece 24 horas em contato pele a pele com os pais, o que vai contribuir para o ganho de peso. A mãe compartilhou a experiência com outras mulheres, que também adotaram o método. A evolução do filho mostrou que o Canguru fez toda a diferença no desenvolvimento dele.
A coordenação de enfermagem neonatal, liderada por Cassia Mazzari Gonçalves e Katia Regina da Silva, reforça que o método vai além de uma técnica: é uma filosofia de cuidado que coloca o bebê e a família no centro da atenção. “Cada minuto de contato pele a pele conta. E quando a família é incluída de forma ativa no processo de recuperação, os resultados são surpreendentes — para o bebê e para os pais”, destaca a equipe.
Com essa abordagem, o HM reafirma seu compromisso com a humanização, a qualidade do cuidado neonatal e a valorização da vida desde seus primeiros instantes.