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Publicado em: 07/08/2020
O professor de Cardiologia da FMABC, Dr. Adriano Meneghini
Neste sábado, dia 8 de agosto, é celebrado o Dia Nacional de Combate ao Colesterol. A data busca reforçar a importância da prevenção dessa doença silenciosa e também da dislipidemia, que é a presença de níveis elevados de gorduras (lipídios) no sangue – como o próprio colesterol e também os triglicérides, que são a reserva de energia do corpo.
O colesterol é um tipo de gordura essencial para o bom funcionamento do organismo, com funções importantes na produção de hormônios, estruturação da parede das células, além de ser fundamental no metabolismo das chamadas vitaminas lipossolúveis (A, D, E e K) e na fabricação da bile, que participa do processo digestivo das gorduras ingeridas.
Porém, em excesso, o colesterol é prejudicial à saúde, pois eleva o risco para doenças cardiovasculares, infarto e acidente vascular cerebral (AVC). De maneira geral, circulam na corrente sanguínea dois tipos de colesterol. O LDL é conhecido como colesterol ruim, pois é o responsável pelo entupimento das artérias. Já o HDL é o colesterol bom, que retira o excesso de colesterol das artérias, impedindo o acúmulo e a formação de placas de gordura.
“Existem basicamente duas situações que elevam o colesterol. A primeira é determinada por maus hábitos alimentares, especialmente pessoas que exageram nos produtos ricos em gorduras saturadas. A segunda condição é geneticamente determinada, conhecida como hipercolesterolemia familiar. Nesse caso, o indivíduo já nasce com problemas relacionados à metabolização de colesterol e triglicérides pelo organismo”, explica o professor de Cardiologia do Centro Universitário Saúde ABC / Faculdade de Medicina do ABC (FMABC), Dr. Adriano Meneghini.
O consumo exagerado de gordura saturada está associado ao aumento do colesterol total no organismo, que é a soma entre o colesterol bom HDL e os colesteróis não-HDL. Alimentos de origem animal, como carnes, leite integral, ovos, manteiga e queijos, por exemplo, são ricos em colesterol ruim, assim como produtos industrializados, entre os quais biscoitos, salgadinhos, comidas congeladas prontas para consumo, sorvetes, bolos prontos e embutidos – presunto, salsicha, linguiça, mortadela, entre outros. Em alguns desses alimentos processados, além das altas concentrações de gordura saturada, também é possível encontrar a gordura trans, que é grande vilã no aumento do risco cardiovascular, pois reduz o colesterol HDL e aumenta as taxas totais e do colesterol LDL.
Por ser uma doença silenciosa, o Dr. Adriano Meneghini alerta: “As pessoas não sentem o colesterol alto, pois é assintomático. Quando há alguma queixa, geralmente é porque já existe uma doença cardíaca instalada”, informa Meneghini, que detalha: “Com o passar do tempo, o excesso de gordura no sangue vai sendo depositado nas paredes das artérias, que em última análise leva ao estreitamento dos vasos. Nessa fase é que costumam iniciar os sintomas cardíacos, como a angina do peito, com sensação de desconforto, dor ou pressão no peito, e o infarto agudo do miocárdio”.
SOB CONTROLE
Publicada em 2017, a Atualização da Diretriz Brasileira de Dislipidemias e Prevenção de Aterosclerose considera o colesterol normal quando a coleta em jejum apresenta índices menores do que 190 mg/dl (miligramas por decilitro), fração HDL (bom) maior do que 40 mg/dl e quantidade de triglicérides sanguíneos menor do que 150 mg/dl. Quando os valores estão fora desses parâmetros considera-se o diagnóstico de dislipidemia, assim como quando o colesterol ruim LDL está acima de 160 mg/dl.
O tratamento do colesterol alto é medicamentoso, com uso de estatinas e fibratos. Contudo, a mudança de hábitos e a adesão a um estilo de vida saudável são essenciais para o sucesso da terapia. “O controle alimentar, a redução do peso corporal, a diminuição do uso de bebidas alcoólicas, de açúcares e carboidratos são fundamentais. Além disso, os pacientes devem realizar atividades físicas regularmente e abandonar o hábito de fumar, tendo em vista que o cigarro aumenta o colesterol e os triglicérides”, alerta o professor da FMABC, Dr. Adriano Meneghini.