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Publicado em: 27/06/2025
Segundo estimativas, Brasil já registra cerca de 20 milhões com a doença (foto: Divulgação/FMABC)
Em 26 de junho é celebrado o Dia Nacional de Prevenção do Diabetes. A data serve como lembrete sobre a necessidade de conscientização e ações de prevenção frente a uma das doenças crônicas mais prevalentes no Brasil e no mundo. Segundo estimativas, o país já registra cerca de 20 milhões de pessoas vivendo com diabetes, e o mundo pode ter até 50% de aumento de casos até 2045, de acordo com projeções.
A doença ocorre quando o organismo não é capaz de controlar adequadamente os níveis de açúcar no sangue, geralmente por insuficiência ou ausência da insulina, substância produzida pelo pâncreas. Os tipos mais comuns são o tipo 2 (presente em 85 a 90% dos casos) e o tipo 1 (de 5 a 10% dos diagnósticos). Há ainda o diabetes gestacional, que aparece durante a gravidez devido à resistência à insulina provocada por hormônios da placenta, além de formas mais raras, associadas a síndromes genéticas, medicamentos ou outras doenças.
Segundo o endocrinologista Dr. Fernando Valente, professor do Centro Universitário FMABC, o crescimento dos casos está fortemente ligado ao aumento da obesidade e ao envelhecimento da população. “O excesso de peso é o principal fator de risco. Temos visto crianças e adolescentes ganhando peso muito cedo, por conta de uma alimentação repleta de produtos ultraprocessados. E à medida que a população envelhece, os músculos perdem eficiência e o corpo passa a ter mais dificuldade para remover o açúcar da circulação”, explica o médico.
Outros fatores de risco incluem sedentarismo, má alimentação, tabagismo, sono desregulado, estresse e histórico familiar da doença. A recomendação é que todas as pessoas a partir dos 35 anos façam exames de rotina para detectar precocemente a doença, mesmo que não apresentem sintomas. “O diabetes tipo 2 costuma ser silencioso até que haja uma deficiência profunda de insulina. Por isso, a triagem é essencial, especialmente em pessoas com antecedentes familiares”, alerta Valente.
Entre os sinais pouco comentados, o especialista destaca o escurecimento em dobras da pele, como o pescoço, o que pode indicar resistência à insulina. Outros sintomas típicos são emagrecimento sem causa aparente, fraqueza, visão embaçada, sede excessiva, vontade frequente de urinar e formigamento em mãos e pés.
Um dado alarmante é que metade das pessoas com diabetes no mundo ainda não sabe que tem a doença. O diagnóstico precoce é essencial para evitar complicações que podem afetar diversos órgãos e reduzir a qualidade e a expectativa de vida. A boa notícia é que os exames de rastreio estão disponíveis gratuitamente pelo Sistema Único de Saúde (SUS).
Além do diagnóstico, o tratamento exige mudanças no estilo de vida. A FMABC orienta a redução no consumo de alimentos ultraprocessados e gorduras saturadas, aumento da ingestão de água, fibras, vegetais e a prática regular de atividade física. “O exercício físico melhora a capacidade dos músculos de retirarem o açúcar da corrente sanguínea, o que alivia o trabalho do pâncreas e torna o organismo mais equilibrado”, explica o endocrinologista.
A socialização e o bem-estar emocional também são aspectos relevantes no controle da doença. Já o tratamento medicamentoso pode envolver remédios que controlam a glicemia e previnem complicações cardíacas e renais. Entre os avanços mais recentes, destacam-se os medicamentos à base de semaglutida, considerados altamente eficazes. “São os remédios mais potentes atualmente, porque tratam tanto o excesso de glicose quanto o sobrepeso, além de reduzirem gordura no fígado e protegerem os rins. Mas ainda enfrentamos um grande desafio de acesso, já que o custo é elevado”, afirma Valente.
O alerta se estende também às gestantes: crianças expostas ao excesso de açúcar durante a gravidez têm maior risco de desenvolver diabetes ao longo da vida. Segundo o professor da FMABC, o diabetes tipo 2 em crianças e adolescentes, embora mais raro, exige tratamento intensivo.