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Diagnóstico precoce da leucemia e doação de medula são temáticas do ‘Fevereiro Laranja’

Publicado em: 17/02/2023

Leucemias são o tipo de câncer mais frequente na infância e adolescência, representando aproximadamente 30% de todos os casos

 

Instituída pela lei estadual n° 17.207/2019, a campanha Fevereiro Laranja dedica esforços ao longo de todo o mês para a divulgação da importância do diagnóstico precoce da leucemia e à conscientização sobre a doação de medula óssea.

A leucemia é um tipo de câncer do sangue, que surge quando os glóbulos brancos (células de defesa) começam a se reproduzir de maneira descontrolada na medula óssea. Não é uma doença contagiosa e pode ocorrer em qualquer idade, sendo a neoplasia mais comum entre as crianças.

“O câncer infantil atinge uma em cada 600 crianças. As leucemias são as mais frequentes, representando aproximadamente 30% de todos os casos. Trata-se do principal tipo de câncer infantojuvenil, cujos sintomas mais comuns são a palidez, sangramentos anormais, febre e dores nos ossos e articulações, que aparecem rapidamente”, explica o coordenador do Ambulatório de Oncopediatria do Centro Universitário Faculdade de Medicina do ABC (FMABC) e membro da Sociedade Brasileira de Oncologia Pediátrica, Dr. Jairo Cartum, que acrescenta: “Precisamos reforçar que o diagnóstico precoce continua sendo fundamental. Quanto mais cedo identificamos a doença, mais leve é a terapia e maior a taxa de cura. Diferente do adulto, o câncer infantil possui comportamento clínico mais agressivo. Por outro lado, responde melhor à quimioterapia e tem taxas de cura entre 70% e 80%”.

De acordo com a Associação Brasileira de Linfoma e Leucemia (ABRALE), existem diferentes subtipos de leucemia, divididos em dois grandes grupos: leucemias agudas e leucemias crônicas. Cada uma delas apresenta particularidades clínicas, mas o que todas têm em comum é a urgência no diagnóstico e a possibilidade de bons resultados no tratamento – incluindo a cura.

Entre os sintomas mais comuns da leucemia – incluindo pacientes adultos – estão a fraqueza, sangramentos, manchas roxas no corpo, dores nas pernas, febre, gânglios aumentados, dor e aumento na região esquerda do corpo (baço).

DOAÇÃO DE MEDULA

Um dos tratamentos disponíveis é o transplante de medula óssea, um procedimento que objetiva restaurar a habilidade do organismo em produzir células sanguíneas normais.

No Brasil, o Instituto Nacional de Câncer (INCA) coordena o Registro Brasileiro de Doadores Voluntários de Medula Óssea (REDOME), um banco nacional que reúne informações de pessoas dispostas a doar medula óssea para quem precisa de transplante.

Ou seja, quanto maior o número de pessoas cadastradas no REDOME, maiores as chances de quem precisa realizar um transplante de medula óssea encontrar um doador compatível.

Para se tornar um doador de medula basta acessar o site do REDOME (https://redome.inca.gov.br), verificar o hemocentro habilitado mais próximo de casa e proceder com a coleta de uma pequena quantidade de sangue, suficiente para efetivar o cadastro no banco nacional de doadores.

Ao longo do mês, a Fundação do ABC tem divulgado o Fevereiro Laranja para seus mais de 25.000 funcionários e estimulado a doação de medula óssea. Ações de e-mail marketing, publicações nas redes sociais, divulgações no site institucional e vídeo informativo integram as ações em favor dessa corrente do bem (com informações da ABRALE e REDOME/INCA).