Emílio Ribas II debate ‘Tuberculose’ em novo ciclo de palestras

Publicado em: 25/08/2017

Doutores Elie Fiss, Maria Odila Gomes Douglas, Vera Maria Galesi e Marcos Montani Caseiro

O Instituto de Infectologia Emílio Ribas II, no Guarujá, organizou em 11 de agosto a 7ª edição do ciclo de palestras para orientação e conscientização de profissionais da saúde. Sob o tema ‘Tuberculose’, a atividade no campus Guarujá da Universidade UNAERP reuniu 225 participantes entre estudantes da área da saúde, enfermeiros, médicos, agentes de saúde e autoridades. As inscrições foram a doação de alimentos não perecíveis, que serão entregues ao Fundo Social de Solidariedade da cidade.

Entre os temas pautados estiveram o diagnóstico, as causas e os tratamentos da doença, abordados pelo professor titular de Pneumologia da Faculdade de Medicina do ABC, Dr. Elie Fiss. A médica e coordenadora do Programa Estadual de Tuberculose, Dra. Vera Maria Galesi, apresentou panorama atual da doença na Baixada Santista e a expectativa da Organização Mundial da Saúde para a eliminação dos casos em âmbito global. Já o Dr. Marcos Montani Caseiro, médico do Instituto de Infectologia Emílio Ribas II, pesquisador em Infectologia e professor do Centro Universitário Lusíada de Santos, comandou palestra sobre a doença na coinfecção do paciente com HIV, a terapêutica e a vulnerabilidade desses indivíduos.

Ao final das exposições, a diretora técnica do ERII, Dra. Maria Odila Gomes Douglas, conduziu roda de perguntas e discussão de casos clínicos com os convidados.

TUBERCULOSE TEM CURA!

Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), a tuberculose está entre as 10 principais causas de morte em todo o mundo. Em 2015, 10,4 milhões de pessoas adoeceram e 1,8 milhão morreu. No Brasil, a doença é considerada grave problema de saúde pública. De acordo com o Ministério da Saúde são aproximadamente 70 mil novos casos por ano e 4,5 mil mortes.

A tuberculose é uma doença infectocontagiosa causada pela bactéria Mycobacterium tuberculosis – ou bacilo de Koch. Afeta principalmente os pulmões, mas pode ocorrer em outros órgãos, como ossos, rins e meninges. A tosse por mais de três semanas, com ou sem catarro, é o principal sintoma. Em geral, a maioria dos infectados apresenta tosse seca contínua no início da doença, posteriormente com presença de secreção ou sangue. Os pacientes também apresentam cansaço excessivo, febre baixa geralmente à tarde, sudorese noturna, falta de apetite, palidez, emagrecimento acentuado, rouquidão, fraqueza e desânimo.

A transmissão ocorre de forma direta, de pessoa para pessoa. O doente pode expelir o agente infeccioso em pequenas gotas de saliva ao falar, espirrar ou tossir. Má alimentação, falta de higiene, tabagismo, alcoolismo e outros fatores que diminuam a resistência do organismo favorecem o estabelecimento da doença.

É importante ressaltar que a tuberculose tem cura e o tratamento é gratuito via Sistema Único de Saúde (SUS). A terapia é à base de combinação de medicamentos e geralmente tem 100% de eficácia quando realizada até o final. Em geral são seis meses de tratamento até a cura. Além disso, existe a vacina BCG contra a doença, que protege contra as formas graves da tuberculose e deve ser tomada logo após o nascimento, na própria maternidade, em apenas uma dose.