Publicado em: 13/11/2015
A equipe de Endoscopia do Hospital Estadual Mário Covas (HEMC) transmitiu em 2 de novembro procedimento avançado em endoscopia diretamente para a Obesity Week 2015 (Semana de Obesidade 2015), realizada 2 a 6 de novembro em Los Angeles, nos Estados Unidos.
Formada por especialistas e mestres do serviço de Endoscopia da disciplina de Cirurgia do Aparelho Digestivo da Faculdade de Medicina do ABC (FMABC), a equipe de Endoscopia Bariátrica do HEMC é referência internacional em Endoscopia Digestiva Alta (EDA), tanto pré quanto pós-operatória, em pacientes em tratamento de obesidade mórbida. O grupo é composto pelos doutores Eduardo Grecco, Thiago Souza, Manoel Galvão Neto e Lucas Marques.
Para acompanhar o procedimento, foi chamado o Dr. Josemberg Campos, presidente da Sociedade Brasileira de Cirurgia Bariátrica e Metabólica e autoridade reconhecida na especialidade, que prontamente aceitou o convite do Dr. Eduardo Grecco – que também é superintendente-adjunto do HEMC e professor da FMABC.
A transmissão para os EUA contemplou procedimento avançado em endoscopia bariátrica com aplicação de plasma de argônio em anastomose. A equipe de Los Angeles responsável pelo acompanhamento on-line foi liderada pelo Dr. Michel Gagner, fellow internacional da Sociedade Americana de Metabolismo e Cirurgia Bariátrica (IFASMBS).
PLASMA DE ARGÔNIO
Para quem realizou a cirurgia bariátrica e voltou a ganhar peso, o plasma de argônio é um método moderno para reversão do quadro. Para o tratamento são realizadas, em média, três sessões de aplicação do plasma de argônio – uma espécie de raio laser – com intervalos de um mês e meio a dois meses entre cada uma. O objetivo é diminuir o diâmetro da anastomose (região por onde passa o alimento que sai do estômago para o intestino), fazendo com que o paciente tenha saciedade por mais tempo e coma menos.
Trata-se de procedimento ambulatorial, em que o paciente recebe alta logo após despertar da sedação, realizado sob supervisão de um médico anestesiologista. A principal vantagem é que essa opção terapêutica é praticamente isenta de riscos e muito bem tolerada pelos pacientes. A ideia é que a técnica se torne mais uma arma no vasto arsenal terapêutico disponível para auxílio do número cada vez maior de obesos em todo mundo.