Estudante do curso de Farmácia é premiada no 20º Congresso Farmacêutico de São Paulo

Publicado em: 22/11/2019

Trabalho inédito identificou compostos com propriedades anti-inflamatórias e cicatrizantes em flores da planta Tanchagem

 

Professor José Armando Júnior e a aluna Laizza Souza Costa (ao centro) recebem certificação – Foto: Divulgação/CRF-SP

Aluna do terceiro ano do curso de Farmácia do Centro Universitário Saúde ABC / Faculdade de Medicina do ABC (FMABC), Laizza Souza Costa foi duplamente premiada na 20ª edição do Congresso Farmacêutico de São Paulo, evento do Conselho Regional de Farmácia do Estado de São Paulo realizado de 10 a 12 de outubro no Centro de Convenções Frei Caneca, na Capital. O trabalho apresentado pela estudante conquistou primeiro lugar na categoria ‘Fármacos e Medicamentos’ e ficou com a terceira colocação na classificação geral do congresso.

Sob o título ‘Análise multifatorial para a extração de compostos fenólicos de flores de Plantago major L. (Tanchagem)’, a pesquisa foi desenvolvida no Laboratório de Ensino e Pesquisa do curso de Farmácia, sob orientação do Dr. José Armando Júnior e coorientação do professor Robson Miranda da Gama. “Há inúmeros artigos que já descrevem alguns benefícios das folhas da Tanchagem. Contudo, não havia nenhuma descrição sobre os possíveis benefícios das flores, o que garantiu ineditismo e grande reconhecimento ao estudo”, informam os pesquisadores do laboratório.

De acordo com o Dr. José Armando, a ideia do estudo surgiu a partir de observação da ausência de dados referentes às flores desta espécie. “A literatura apresenta exemplos do uso das folhas, cujas propriedades medicinais já são de domínio público. Percebemos que apesar da abundância de flores na planta, não havia nenhuma investigação científica relevante, até então, especialmente com relação aos compostos bioativos. Por essa razão decidimos estudá-las, a fim de elucidar se também teriam algum potencial medicinal”, explica o professor da FMABC, que detalha: “Constatamos que as flores contêm quantidade de compostos fitoquímicos muito superiores aos das folhas, especialmente aqueles com propriedades anti-inflamatórias e cicatrizantes”.

O próximo passo será a realização de pesquisa pré-clínica, a fim de comprovar em laboratório a atividade anti-inflamatória e o potencial de reparação tecidual dos extratos de flores desta espécie.

INICIAÇÃO CIENTÍFICA

Segundo o Dr. José Armando Júnior, supervisor do laboratório, a demanda de alunos de Iniciação Científica cresceu muito nos últimos anos no Laboratório de Ensino e Pesquisa do curso de Farmácia. Hoje são vários estudantes que utilizam o espaço, que também recebe um pesquisador de Mestrado, além de atender os demais graduandos da instituição.

“Nossa missão no laboratório é o desenvolvimento de pesquisas que visam descobrir os compostos fitoquímicos presentes em espécies medicinais e para qual finalidade são destinados. Analisamos todos os aspectos da planta e concluímos se há ou não potencial terapêutico, assim como o tipo adequado de utilização como medicamento”, finaliza o professor do curso de Farmácia.