Estudo em dermatite atópica recebe bebês e crianças com até 2 anos

Publicado em: 11/06/2019

Pesquisa em andamento na Faculdade de Medicina do ABC, em Santo André (SP), utiliza linha de produtos dermatológicos específica para dermatite atópica de leve a moderada

 

O Centro de Pesquisa Clínica da Faculdade de Medicina do ABC (FMABC) está com inscrições abertas em estudo na área de dermatologia, destinado a bebês e crianças entre 4 meses e 2 anos de idade com dermatite atópica (D.A.) de leve a moderada. Os pacientes serão acompanhados durante cerca de 30 dias e receberão gratuitamente neste período produtos específicos para tratamento da doença. O estudo prevê, ainda, três visitas presenciais à FMABC, todas com atendimento médico especializado.

Para participar, os pacientes devem se enquadrar nos perfis da pesquisa, obedecendo a critérios específicos de inclusão e exclusão. Os interessados também devem ter o diagnóstico confirmado da doença e idade entre 4 meses e 2 anos. A presença do pai ou da mãe da criança no dia da avaliação inicial é obrigatória. Crianças acima desta faixa etária, jovens e adultos com até 40 anos também podem se inscrever.

As inscrições estarão abertas até o final de junho de 2019. Mais informações no telefone (11) 4317-0405 ou pelo WhatsApp (11) 94129-1254.

 

DERMATITE ATÓPICA
Segundo a Organização Mundial de Alergia (World Allergy Organization, WAO), a dermatite atópica é a doença inflamatória crônica mais comum da pele, tipificada principalmente por pele seca e com prurido (coceira). Afeta todas as idades, mas geralmente começa em bebês e crianças antes dos 5 anos. A prevalência varia entre 2% e 5% da população geral. No entanto, em crianças e adultos jovens pode chegar a 15%.

Também conhecida como eczema atópico, a doença caracteriza-se por lesões cutâneas muito pruriginosas. Tem como sinal mais importante o ressecamento da pele, que pode ser acompanhado por descamação e vermelhidão, podendo evoluir para o envolvimento de toda a pele, com repercussões em todo o organismo. Apesar de ser uma doença genética crônica, existem fatores ambientais que atuam de forma importante como desencadeantes. São eles: poluição, tempo muito seco, poeira, detergentes e produtos de limpeza em geral, roupas de lã e de tecido sintético, frio intenso, calor e transpiração, infecções, estresse emocional e determinados alimentos.

A dermatite atópica é considerada um problema de saúde pública, pois tem grande impacto na vida das famílias, principalmente pelo aspecto das lesões de pele e pela coceira intensa, que podem levar a alterações de sono e comprometer a qualidade de vida, o trabalho, a escola e o convívio social dos pacientes. Em função da aparência e da extensão das lesões, muitas vezes os pacientes são vítimas de bullying. No entanto, a dermatite atópica não é contagiosa.

 

TRATAMENTO
O uso de hidratantes é fundamental para minimizar o ressecamento da pele, assim como o acompanhamento periódico com dermatologista ou alergista, que oferecerá as orientações e terapias mais adequadas para cuidar e controlar a doença. Em quadros mais graves, pode ser necessário o uso de imunossupressores e imunobiológicos. Os pacientes devem estar atentos ao ato de coçar a pele e a possíveis escoriações, fatores importantes que podem levar a infecções.