Filme “Como estrelas na terra” marca segunda edição do CINENEA

Publicado em: 11/04/2016

O Núcleo Especializado em Aprendizagem da Faculdade de Medicina do ABC (NEA-FMABC) organizou na noite de 19 de fevereiro a segunda edição do “CINENEA” – atividade cujo objetivo central é proporcionar encontros educativos e lúdicos, assim como a troca de informações e experiências dentro de temas diversos nas áreas de educação e saúde. O filme escolhido para a oportunidade foi “Como estrelas na terra”, cuja história aborda os temas dislexia, ansiedade, depressão, desatenção e agitação.

Na noite do CINENEA II, Vanessa Horta, Alessandra Caturani Wajnsztejn, Hee Kyung Oh, Carina Zanelli e Elizabeth Sanchez

Na noite do CINENEA II, Vanessa Horta, Alessandra Caturani Wajnsztejn, Hee Kyung Oh, Carina Zanelli e Elizabeth Sanchez

Organizado pela coordenadora do núcleo, a psicóloga e neuropsicóloga Alessandra Bernardes Caturani Wajnsztejn, o CINENEA reuniu profissionais da área multidisciplinar, entre os quais neuropediatras, pediatras, professores, diretores e coordenadores de escolas, familiares de alunos com dificuldade de aprendizagem ou não, assim como crianças e adolescentes interessadas no tema. “Todos saborearam o filme de 161 minutos sem piscar os olhos. Sem dúvidas foi um encontro marcado por muita emoção e aprendizado”, considera Alessandra Wajnsztejn, que acrescenta: “Nossa intenção com o CINENEA é justamente conscientizar e trocar informações de qualidade com colegas de área e demais interessados nos temas deste segmento, evitando a propagação de conceitos inadequados. Queremos contribuir na divulgação, mostrar que as dificuldades escolares podem estar relacionadas aos transtornos de neurodesenvolvimento e que hoje temos avaliações e tratamentos extremamente eficazes para auxiliar essas crianças”.

RESPOSTA POSITIVA

Ao longo da semana que sucedeu a segunda edição do CINENEA, a equipe interdisciplinar da FMABC recebeu diversas mensagens elogiando a iniciativa, parabenizando o trabalho e até mesmo de pessoas que se identificaram – e se emocionaram – com a temática do filme. Confira alguns dos relatos dessa segunda edição.

“Até agora me emociono ao lembrar do filme e ao pensar que, infelizmente, ainda é a nossa dura realidade. Precisamos, enquanto profissionais de saúde, nos comprometer com nossos pacientes, incentivar as famílias para que não desistam dessa caminhada e estar lado a lado aos educadores. Obrigada, mais uma vez, à equipe do NEA pelo incentivo a preocupação com o outro” – ‎Damaris Gaester Fakler, psicóloga e neuropsicóloga.

 

“Foi muito bom poder compartilhar de um momento tão especial. Foi uma experiência única, uma noite de grandes emoções e de muito aprendizado. A emoção tomou conta de todos. Ações como essa deveriam ser mais divulgadas, pois precisamos cada vez mais trocar experiências e compartilhar sentimentos. Parabéns a Alessandra Wajnsztejn, Dr. Rubens Wajnsztein e a toda a equipe, que nos proporcionaram momentos tão ricos. Com certeza estarei presente no próximo encontro!” – Rosana Vieira, diretora Administrativa do Colégio Singular Júnior.

 

“Tive o privilégio de assistir ao filme ‘Como estrelas na terra’, no CINENEA da Faculdade de Medicina do ABC, e não posso negar que chorei muito, assim como muitos que estiveram presentes. Foi um momento de grande aprendizado profissional, mas, sobretudo, de aprendizado humano. O filme mostra que só nos tornamos exímios profissionais quando experimentamos em nossa própria essência o momento do outro. Os temas filosóficos idealizados, “Liberté, Egalité e Fraternité”, infelizmente não fazem parte da prática social. Afinal, fomos criados para sermos vencedores, conforme mostra o filme. Mas, vencedores padronizados, ou seja, vencedores nas habilidades que a sociedade determinou como supremas. Porém, graças à iniciativa de alguns poucos anjos na terra, representados pelos professores, médicos, psicólogos, fonoaudiólogos e terapeutas ocupacionais, entre outros, a tão sonhada igualdade e liberdade, de fato, pode ocorrer. A professora Alessandra Wajnsztejn e o Dr. Rubens Wajnsztejn, com certeza, são anjos que fizeram e fazem a diferença na vida de muitas crianças e de muitos profissionais também. A noite do CINENEA foi prova disso” – Roseli Ameni, psicóloga e neuropsicóloga.

 

“Um dos filmes mais lindos que já vi. Uma releitura da realidade, que em pleno século XXI, com tantas informações, infelizmente ainda vivemos. Revivi minha infância e os papeis da minha vida como aluna, mãe e profissional. A dificuldade de aprendizagem não diagnosticada não pode levar uma criança a ter que experimentar o isolamento ou a dor de ajoelhar-se em grãos, como punição por algo que vai além de suas possibilidades. Vivi na pele essa experiência, por não ter sido uma criança que respondia adequadamente aos padrões esperados pela sociedade. Minha mãe, com toda sua humildade, sempre me incentivou, acreditou e me fez acreditar que eu era capaz. Não capaz de dar aos outros o que esperavam, mas de dar a mim mesma o que eu desejasse. Hoje, muitos anos depois, lamentavelmente ainda vejo esses absurdos refletidos em algumas de nossas crianças. Só tenho a agradecer à minha mãe, que por apostar em mim, me ensinou a olhar para as minhas filhas, a valorizar suas potencialidades e a acreditar, acima de tudo, que tudo é possível quando feito com amor e dedicação”, considera a terapeuta ocupacional Vanessa Gibelli, que acrescenta: “Como profissional, precisamos desenvolver cada vez mais a sensibilidade ao olhar nossas pequenas joias, que só precisam ser cuidadosamente lapidadas. Ninguém nos disse que seria fácil, mas certamente tudo é possível quando feito com dedicação, profissionalismo e respeito à singularidade de cada um. Lágrimas, sorrisos e esperança. Foi um lindo filme, que me fez reviver e ter a certeza de que sempre vale a pena. Parabéns à equipe do NEA por proporcionar momentos tão especiais. Com certeza estarei nos próximos encontros”.

 

“Assisti a primeira e a segunda edição e fiquei muito impressionado com o sofrimento que essas dificuldades causam na vida do aluno. O pai não acreditava na inteligência do filho, achava o menino preguiçoso e se afastou dele. Como é bom quando esses alunos têm professores que querem ajudar, dando provas mais compactas, avaliações orais e, principalmente, quando têm mãe e pai que acreditam no filho e o ajudam a treinar a leitura, a interpretação e a melhorar as dificuldades” – Victor Caturani Wajnsztejn, 12 anos de idade, estudante do Ensino Fundamental II.