Publicado em: 25/11/2016
Com objetivo de promover a comunicação inclusiva e melhorar o acesso de usuários com deficiência auditiva, o Ambulatório Médico de Especialidades (AME) de Praia Grande organizou em 21 e 28 de outubro curso de LIBRAS – Língua Brasileira de Sinais voltado à capacitação de colaboradores. Todas as áreas assistenciais, entre as quais auxiliares, técnicos de enfermagem e recepção, passaram pelo treinamento, que também terá impacto positivo na humanização no atendimento.
Semelhante à língua oral, que é composta por fonemas, a LIBRAS também possui níveis linguísticos como fonologia, morfologia, sintaxe e semântica. Porém, na língua de sinais existem os itens lexicais – mais conhecidos como sinais.
Os sinais são formados a partir da combinação da forma e do movimento das mãos e do ponto no corpo (ou no espaço) onde são realizados. A mesma formação das mãos, porém, em lugar diferente no espaço ou no corpo, adquire outro sentido. Dessa forma, não basta apenas saber os sinais, mas sim sua gramática, para que se possa combinar as frases e estabelecer a comunicação.
A metodologia utilizada no curso do AME Praia Grande focou em dinâmicas e treinamentos que simularam situações reais da unidade. Dessa forma, os funcionários puderam vivenciar as experiências na prática e aprenderam a superar as principais dificuldades de comunicação com portadores de deficiência auditiva. “A equipe de treinamento também sugeriu reunir cópias dos principais documentos solicitados por portadores desta deficiência, a fim de facilitar a comunicação visual e agilizar o atendimento”, acrescenta o diretor geral do AME-PG, Dr. Cassio Lopes.
A Língua Brasileira de Sinais (LIBRAS) é a língua usada pela maioria dos deficientes auditivos dos centros urbanos brasileiros e reconhecida por Lei. O curso no AME-PG buscou capacitar colaboradores que atendem diariamente a população, promovendo o acolhimento adequado de pacientes, visitantes e acompanhantes portadores de deficiência auditiva.