Publicado em: 02/09/2025

Grupo intensificou campanha contra o tabagismo e alertou sobre impactos do cigarro eletrônico na saúde e no meio ambiente
Uma parceria estratégica entre a Fundação do ABC e o Centro Universitário FMABC ampliou o alerta sobre os malefícios do tabagismo – incluindo os riscos crescentes associados ao cigarro eletrônico, tanto para a saúde pública quanto para o meio ambiente. A iniciativa, articulada entre o departamento de ESG da FUABC e o curso de Fisioterapia da FMABC, conscientizou a comunidade interna e externa sobre esses perigos, alinhando-se aos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODSs) da ONU.
A iniciativa partiu da Diretora de Gestão Institucional da Fundação do ABC, Marina Acosta de Mendonça, com supervisão da Gerente de ESG da FUABC, Daniela Pedregal de Castro Lima. A ação aconteceu na Feira de Saúde do Centro Universitário FMABC, em 23 de agosto, promovida no Ambulatório de Especialidades da unidade, em Santo André.
“A articulação entre a Academia e a gestão sustentável é um exemplo de como podemos transformar os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODSs) em práticas concretas no ambiente universitário. Esta ação não apenas conscientiza, mas também estimula mudanças de comportamento e políticas mais responsáveis”, disse Marina.
Para Daniela, a iniciativa destaca uma necessidade de integração coletiva em favor do meio ambiente. “Esta parceria reafirma nosso compromisso com a saúde integral – do indivíduo e do planeta. Inserir a discussão sobre o cigarro eletrônico em nossa pauta ESG é um passo essencial para enfrentar, de forma responsável, os novos desafios socioambientais”.
Conforme materiais educativos elaborados pelos alunos e utilizados em campanhas, o cigarro tradicional contém mais de 7 mil substâncias tóxicas, relacionadas a doenças como câncer, problemas cardiovasculares, Acidente Vascular Cerebral (AVC), Doença Pulmonar Obstrutiva Crônica (DPOC) e complicações na gravidez.
Já o cigarro eletrônico, embora muitas vezes seja percebido como menos nocivo, contém nicotina em concentrações elevadas – um único cartucho equivale a 20 cigarros comuns –, além de substâncias como o formaldeído, que pode torná-lo ainda mais cancerígeno. Lesões pulmonares graves, como a síndrome EVALI, também estão associadas ao seu uso.
RISCO AO MEIO AMBIENTE
Um dos aspectos mais negligenciados do cigarro eletrônico é seu impacto ambiental. Por não serem regulamentados pela Anvisa, esses dispositivos não contam com sistema de logística reversa ou orientação para descarte adequado. Como resultado, são frequentemente jogados no lixo comum, chegando a aterros e até mesmo a rios e mares.
“Do ponto de vista dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (Agenda 2030), o descarte inadequado de cigarros eletrônicos representa uma dupla ameaça: à saúde das pessoas e à integridade do meio ambiente. As baterias de lítio presentes nesses dispositivos podem liberar metais pesados no solo e na água, contaminando ecossistemas inteiros e afetando a qualidade de vida das gerações atuais e futuras. Esta campanha visa educar para evitar que esses resíduos se tornem um legado tóxico”, alertou Elson Queiroz, coordenador de ESG da Fundação do ABC, responsável por abordar a relação entre saúde pública e sustentabilidade dentro da iniciativa.
EXTENSÃO
A iniciativa faz parte do projeto de extensão universitária “Saúde nos Muros da FMABC”, coordenado pela professora do curso de Fisioterapia da FMABC, Amanda Estevão. A ação tem sido fundamental para integrar a formação teórica dos estudantes de Fisioterapia com ações práticas de promoção à saúde e sustentabilidade. “Unir a sala de aula com a extensão universitária permite que nossos alunos vivenciem na prática os desafios contemporâneos da saúde pública. Ao trabalhar temas como tabagismo e impacto ambiental, eles não apenas aprendem, mas também se tornam agentes de transformação. Essa é a essência da formação em saúde: teoria a serviço da comunidade”, destacou a docente.