Publicado em: 27/06/2014
Com mais de 45 anos dedicados ao ensino, pesquisa e assistência à saúde, a Fundação do ABC expande fronteiras e dá início em 1º de julho próximo (terça-feira) à gestão plena do Instituto de Infectologia Emílio Ribas II – hospital estadual especializado em doenças infectocontagiosas. A nova parceria com a Secretaria de Estado da Saúde marcará a entrada da FUABC no Guarujá e ampliará a presença da entidade no Litoral Paulista, onde já administra o Hospital e Pronto-Socorro Central de Bertioga, assim como o Ambulatório Médico de Especialidade (AME) de Praia Grande e o Complexo Municipal Irmã Dulce, na mesma cidade.
Vocacionado ao atendimento de doenças infecciosas e parasitárias, o Instituto de Infectologia Emílio Ribas II registra hoje capacidade média de internação de 15 pacientes. Em curto prazo, a FUABC planeja ampliar o serviço para 80 pacientes. “O hospital funciona com 33 leitos de enfermaria, porém não possui Unidade de Terapia Intensiva. Isso faz com que muitos pacientes que necessitam de cuidados específicos tenham que ser transferidos para outras unidades na Baixada Santista e, principalmente, para a Capital”, revela o novo superintende do Emílio Ribas II, Reginaldo Reple Sobrinho, que adianta: “Até o final de julho teremos sete leitos de UTI em funcionamento. Ainda este ano, todos os 17 leitos de Terapia Intensiva acordados com o Governo do Estado estarão em operação”.
O Emílio Ribas II recebe pacientes encaminhados de hospitais de toda a região da Baixada Santista para o cuidado de diferentes doenças infectocontagiosas, entre as principais HIV/Aids, tuberculose, leptospirose, meningites meningocócicas, complicações por gripe e hepatites. No verão, uma das maiores preocupações é a dengue. “Nosso compromisso com o Governo do Estado é tornar o Hospital Emilio Ribas do Guarujá referência para toda a Baixada Santista. Para isso, vamos promover a aproximação entre FUABC, Estado e prefeituras da região – principalmente a do Guarujá. Queremos colocar à disposição toda a expertise dos profissionais da unidade, atendendo as demandas e melhorando as condições locais de saúde”, reforça Reginaldo Reple, que acrescenta: “Buscaremos implantar gestão participativa. É fundamental que todos conheçam o Emílio Ribas II e reconheçam sua importância na estrutura regional do sistema de saúde”.
Estrutura de ponta
A Fundação do ABC inicia o trabalho no Hospital Emílio Ribas II com 33 leitos de enfermaria em operação. Até o final de 2014 serão abertos outros 17 de Terapia Intensiva, colocando em funcionamento 100% da capacidade instalada – ou seja, total de 50 leitos de infectologia. Além disso, há projeto do Governo do Estado para a criação de 100 novos leitos, que abririam espaço para o atendimento de outras áreas médicas no hospital.
A unidade funciona 24 horas por dia ininterruptamente. Além do atendimento médico e de enfermagem, também estão disponíveis exames laboratoriais e de imagem, como raio-x, ultrassonografia e endoscopia. Não há serviço de pronto-socorro. Os pacientes são atendidos mediante encaminhamento coordenado pela CROSS – Central de Regulação de Oferta de Serviços de Saúde, do Governo do Estado. Os nove municípios que integram a Baixada Santista utilizam os serviços do Emílio Ribas II, totalizando população de dois milhões de habitantes – que pode chegar a sete milhões nos períodos de férias.
Inicialmente serão 110 funcionários – boa parte que já atuava previamente à chegada da FUABC. Ao atingir pleno funcionamento serão cerca de 200 colaboradores. “Selecionamos muitos funcionários que já trabalhavam no Emílio Ribas II, que conhecem as particularidades da região e dos usuários, e que certamente nos ajudarão nesta fase de transição. Vamos implantar a filosofia de trabalho da FUABC, incentivando a capacitação profissional e a educação continuada, assim como o trabalho em equipe e, principalmente a atenção integral ao paciente e a humanização do atendimento”, garante a nova Diretora de Enfermagem, Carmen Lúcia Pimenta Simões.
Outra novidade que será incorporada a partir da gestão da Fundação do ABC será a área de tecnologia da informação. Boa parte dos processos serão informatizados, o que proporcionará maior integração entre setores, além de dinamizar o trabalho e padronizar ações como protocolos de compras, controle de medicamentos e de insumos hospitalares.