Fundação do ABC integra rede estadual de combate à varíola dos macacos

Publicado em: 05/08/2022

Hospital Estadual Mário Covas e Instituto de Infectologia Emílio Ribas do Guarujá estão entre as unidades destacadas para o enfrentamento

 

Foto: Freepik/Stefamerpik

O Governo de São Paulo anunciou em 4 de agosto o lançamento da Rede Emílio Ribas de Combate à Monkeypox (varíola dos macacos), que terá a coordenação integrada das Secretarias de Estado da Saúde e a pasta de Ciência, Pesquisa e Desenvolvimento em Saúde. O plano de enfrentamento inclui a definição de 93 hospitais estaduais e maternidades que serão referência e darão retaguarda para os casos mais graves, com necessidade de internação de pacientes e leitos de isolamento ou Unidades de Terapia Intensiva (UTI). Entre as unidades já destacadas para o combate à doença estão dois equipamentos gerenciados pela Fundação do ABC: O Hospital Estadual Mário Covas, em Santo André, e o Instituto de Infectologia Emílio Ribas II – Baixada Santista, no Guarujá.

A nova rede de atendimento terá como referência o Instituto de Infectologia Emílio Ribas da Capital, considerado o maior centro de tratamento de doenças infectocontagiosas da América Latina, assim como hospitais universitários, como o Hospital das Clínicas da FMUSP e o HC de Ribeirão Preto, e os hospitais gerais próprios do Estado.

“O objetivo central é somar esforços e integrar as instituições e centros de excelência para promover ações estratégicas de prevenção e cuidado, levando em consideração o aprendizado diante dos últimos enfrentamentos de endemias e pandemias. O Estado de São Paulo está preparado para responder de maneira ágil a esse novo desafio”, destaca David Uip, reitor licenciado do Centro Universitário FMABC e secretário estadual de Ciência, Pesquisa e Desenvolvimento em Saúde.

VIGILÂNCIA EPIDEMIOLÓGICA

A Rede Emílio Ribas de Combate à Monkeypox envolverá uma forte vigilância laboratorial e genômica da varíola dos macacos por meio de laboratórios públicos e privados, sob o comando do Centro de Vigilância Epidemiológica (CVE) e do Instituto Adolfo Lutz, através de seu laboratório central na cidade de São Paulo e das 13 regionais localizadas no litoral e interior do Estado. O Lutz fará toda a vigilância genômica dos casos no Estado, acompanhando o comportamento da doença com a análise do vírus em circulação.

Outros laboratórios também serão credenciados para a realização de exames de PCR em Tempo Real e RT-PCR para detecção do DNA do vírus. Uma resolução conjunta das duas Secretarias Estaduais será publicada com todas as normativas e os requisitos para o processamento das amostras. Desta rede farão parte o Instituto Butantan, laboratórios universitários e privados.

Já o Centro de Vigilância Epidemiológica do Governo de São Paulo instalou um serviço 0800, com médicos plantonistas 24 horas à disposição para orientar e esclarecer dúvidas dos profissionais de saúde das redes pública e privada sobre diagnóstico e manejo clínico dos pacientes infectados com o vírus da monkeypox.

A Rede Emílio Ribas de Combate à Monkeypox ainda terá o Centro de Controle e Integração (CCI), formado por 24 especialistas de diferentes instituições, entre cientistas, epidemiologistas, virologistas, infectologistas e professores universitários.

“Este conjunto de ações desenvolvidas pelas equipes das duas Secretarias de Estado é fundamental para o enfrentamento da doença em São Paulo. São diretrizes importantes e que auxiliam toda a rede de saúde e a população, evitando agravamentos pela doença e a ampliação da transmissão em SP”, destaca o secretário de Estado da Saúde, Jean Gorinchteyn.