FUABC realiza campanhas contra assédios moral e sexual no ambiente de trabalho

Publicado em: 08/12/2023

Colaboradores receberam informações sobre definições e características dos crimes, assim como orientações sobre como denunciar

 

Área de Compliance da FUABC tem realizado uma série de treinamentos junto às Comissões Internas de Prevenção de Acidentes e Assédio

A Fundação do ABC promoveu neste segundo semestre, entre o final de agosto e meados de outubro, campanhas educativas com o objetivo de combater ativamente os assédios sexual e moral no ambiente de trabalho. As iniciativas foram divulgadas via e-mail para os cerca de 25.000 colaboradores da entidade, ressaltando a importância de criar um ambiente de trabalho seguro e respeitoso para todos.

Os trabalhos foram desenvolvidos pelos departamentos de Controle Interno e de Compliance da FUABC. Ao todo foram quatro peças publicitárias diferentes sobre assédio moral e outras cinco a respeito do assédio sexual, totalizando mais de 225.000 e-mails enviados.

O assédio moral foi descrito como toda ação, gesto ou palavra repetitiva que visa atingir a autoestima e a autodeterminação do colaborador, causando danos ao ambiente de trabalho, serviço prestado e aos próprios usuários, bem como à evolução, carreira e estabilidade funcional do indivíduo. Os danos causados pelo assédio moral podem ser físicos, psicológicos, sociais e profissionais, refletindo-se em sintomas como depressão, rejeição, distúrbios digestivos, entre outros.

O assédio sexual, por sua vez, foi abordado como a conduta de constranger alguém, com o intuito de obter vantagem ou favorecimento sexual, aproveitando-se de condições hierárquicas ou de ascendência no ambiente de trabalho. A campanha destacou que as vítimas podem ser de qualquer gênero e que o assédio sexual pode se manifestar por meio de palavras, gestos ou atos, resultando em constrangimento e prejuízos significativos.

Atitudes que caracterizam o assédio moral foram detalhadas, incluindo agressões verbais, propagação de boatos, críticas excessivas ao trabalho, sobrecarga de tarefas, entre outros comportamentos inadequados que impactam negativamente no ambiente de trabalho.

Já o assédio sexual, que, ao contrário do moral, basta ocorrer uma única vez para caracterizar o crime, tem como exemplos as piadas de cunho sexista ou pejorativa à sexualidade, exibir ou enviar mensagens de conteúdo pornográfico, e brincadeiras ou gestos com conotação sexual, ainda que de forma sutil. Embora as mulheres sejam as vítimas mais frequentes do assédio sexual – são cinco vezes mais visadas que eles, de acordo com um levantamento da Forum Hub –, os homens também podem ser alvos.

Em 2023, o Ministério Público de Trabalho recebeu, entre janeiro e julho, 8.458 denúncias de assédio moral ou sexual no Brasil, praticamente o mesmo que todo o ano passado, com 8.508 comunicações. O assédio sexual mais que dobrou, indo de 393 (janeiro a julho de 2022) a 801 denúncias (sete primeiros meses de 2023). Até julho deste ano, o Tribunal Superior de Trabalho recebeu 26 mil novos processos que guardam relação com estes crimes.

“Temos realizado, por meio de uma comissão específica, uma série de treinamentos abordando estes temas junto às Comissões Internas de Prevenção de Acidentes e Assédio (CIPAAs), em cumprimento à Lei 14.457/22, que dispõe de políticas de inclusão da mulher no mercado de trabalho, bem como, a promoção para um ambiente de trabalho mais seguro nas instituições”, acrescenta Rafael Menezes, responsável pela área de Compliance da FUABC.

DENUNCIE!

A campanha da Fundação do ABC enfatizou a importância do Canal de Denúncias, disponibilizando o número 0800-494-1049 e o website https://www.fuabc.org.br/denuncias para que os colaboradores tenham acesso a meios seguros e confidenciais para reportar eventuais casos de assédio. Esta abordagem reforça o compromisso da instituição em garantir a segurança e o bem-estar de todos os membros das equipes, apoiando aqueles que tenham sido vítimas de assédio.