Grande ABC conta com serviço específico para pacientes com doença de Parkinson

Publicado em: 13/04/2022

A neurologista e coordenadora do Ambulatório de Distúrbios do Movimento da FMABC, Dra. Margarete de Jesus Carvalho

Lembrado como Dia Mundial da Conscientização da Doença de Parkinson, o 11 de abril é uma data importante para discutir a doença e as possibilidades para que pacientes e familiares tenham uma melhor qualidade de vida. A região do Grande ABC tem uma referência para a população no combate a enfermidade: o ambulatório de distúrbios do movimento no Centro Universitário FMABC, em Santo André.

O serviço é prestado há mais de 15 anos, e funcionava dentro do ambulatório de Neurologia da instituição. Por conta do alto índice de pacientes com doença de Parkinson foi vista a necessidade de se criar um ambulatório específico para a doença, que pode provocar lentidão nos movimentos, tremores, rigidez muscular, desequilíbrio e alterações na fala e na escrita.

O diagnóstico da doença de Parkinson é clínico, por meio da história do paciente e avaliação neurológica. É mais comum em idosos, com os primeiros sintomas geralmente a partir dos 50 anos. Estima-se que 1% da população mundial com mais de 65 anos sofra com o problema.

“Nós contamos aqui no ambulatório com uma abordagem multidisciplinar. Além do tratamento medicamentoso, é necessária a realização de fisioterapia, fonoaudiologia, terapia ocupacional, acompanhamento com nutricionista e em alguns casos com psicólogo, psiquiatra, urologista e cardiologista”, explica a Dra. Margarete de Jesus Carvalho, neurologista e coordenadora do ambulatório.

O serviço funciona todas as quintas-feiras e recebe cerca de 25 pacientes por dia. As vagas para atendimento são disponibilizadas pelos municípios da região do Grande ABC, que coordenam o encaminhamento dos pacientes através das unidades de saúde locais. “Costumamos receber muitos usuários que já estão em fase intermediária ou avançada, e até mesmo alguns que faziam tratamento em outros locais”, conta Dra. Margarete.

A neurologista explica ainda que o distúrbio não tem cura, mas com o tratamento adequado é possível fazer com que o paciente mantenha uma rotina ativa e que a progressão dos sintomas seja mais lenta.

“Temos diversos casos de pessoas que são atendidas no nosso ambulatório e que conseguem ter uma boa qualidade de vida apesar das limitações que o Parkinson provoca. É uma questão de acolher o paciente e definir a abordagem terapêutica e medicamentosa que trará resultados mais efetivos”, conclui a médica.