HMU-SBC tem assistência humanizada ao parto normal

Publicado em: 23/07/2015

Com o objetivo de valorizar o parto natural e garantir às mulheres o direito de participar ativamente do nascimento de seus filhos, o Hospital Municipal Universitário (HMU) de São Bernardo adota uma série de boas práticas que vem transformando a rotina da unidade e, sobretudo, beneficiando mães e bebês.

As medidas incluem capacitação profissional, adequação de materiais e equipamentos, revisão de procedimentos e melhorias na ambiência. As ações se baseiam nas diretrizes da Rede Cegonha, estratégia do Ministério da Saúde que visa garantir atenção humanizada durante o pré-natal, parto e puerpério, até os 2 anos de idade da criança.

“Nossa proposta é ser menos intervencionista. Cirurgias e outros procedimentos só devem ser realizados se houver indicação médica, e não como prática rotineira. E tudo deve ser esclarecido à paciente, para que ela tome ciência do que se passa com próprio corpo”, afirma a coordenadora da Obstetrícia do HMU, Silvana Giovanelli.

Hoje, a maioria dos partos realizados no HMU, 61%, são normais. O índice está dentro da média nacional para partos na rede pública. A proporção só não é ainda maior porque o hospital atende 100% da demanda de partos de alto risco – que muitas vezes exigem intervenção cirúrgica para evitar o sofrimento fetal e garantir a saúde da mãe. Além disso, 20% dos partos de baixo risco são encaminhados para um hospital estadual.

No HMU, as enfermeiras obstetras estão cada vez mais presentes. Elas conduzem o parto em parceria com a equipe médica e residentes nos casos classificados como baixo risco – ou seja, ausência de intercorrências como hipertensão, diabetes ou rompimento da bolsa gestacional antes da 37ª semana. Com isso, e também graças ao programa de educação permanente da equipe médica, a taxa de episiotomia – corte feito entre o ânus e a vagina para facilitar a passagem do bebê – caiu drasticamente. Em 2011, a cirurgia para aumentar a abertura vaginal era feita em 75,9% dos partos normais. Hoje, o índice está em 23%, apresentando redução muito significativa, apesar de ainda estar acima do considerado aceitável pela OMS (Organização Mundial da Saúde), de 10%.

ALÍVIO DA DOR

Outra novidade implementada pelo HMU é o uso de técnicas não farmacológicas para alívio da dor e desconforto. Desde março, 95% das pacientes que tiveram parto normal no hospital aderiram a essas estratégias. Na unidade de pré-parto, as mulheres têm à disposição os banhos terapêuticos no chuveiro e massagens. Além disso, são ensinados exercícios respiratórios e ofertados elementos como bola de pilates, o espaldar (conjunto de barras de madeira fixadas na parede) e “cavalinho”, espécie de cadeira com assento invertido. Esses instrumentos promovem o alongamento da região lombar, o relaxamento muscular e facilitam a dilatação durante o trabalho de parto.