Publicado em: 03/05/2024
O Hospital da Mulher Maria José dos Santos Stein, em Santo André, vem registrando números significativos em relação aos procedimentos cirúrgicos. O total de cirurgias realizadas em 2023 aumentou 35% em relação a 2022. As cirurgias eletivas ginecológicas em 2024 já correspondem a 50% das cirurgias feitas, superando os partos, que representam 36%. A mudança ocorre principalmente pelo direcionamento da Secretaria de Saúde das cirurgias ginecológicas para o hospital, por meio do programa Fila Zero, além de maior procura das mulheres e orientação da equipe médica para o parto humanizado.
“O Hospital da Mulher é referência e está estruturado para cuidar da saúde integral da mulher em todas as fases da vida. Atualmente, a andreense não faz apenas o parto no hospital, ela passa por consultas, exames e também cirurgias. Recentemente, fizemos forte investimento em equipamentos de última geração como mamógrafo, aparelhos de ultrassom e densitometria óssea. Os números atuais refletem essa nova realidade e o programa Fila Zero contribuiu para essa mudança,” destaca o secretário de Saúde, Gilvan Junior.
Em 2022, foram realizadas 2.638 cirurgias; 3.099 em 2023 e 592 no primeiro bimestre de 2024, divididas em cirurgias ginecológicas e do recém-nascido, mastologia e partos. Para se ter ideia da dimensão dos números, entre 2008 e 2012 foram realizadas 4.249 cirurgias no Hospital da Mulher, em seus primeiros anos de funcionamento.
Em 2022, destes números totais, os partos representavam 54% dos procedimentos, ante 35% de cirurgias ginecológicas. A realidade mudou em 2023, quando foram feitas 44% de cirurgias ginecológicas e 40% de partos. A diferença aumenta ainda mais nos números de 2024, onde as cirurgias ginecológicas representam 50% dos procedimentos cirúrgicos e os partos 36%.
“Aumentamos de três cirurgias ao dia para 13, em média. Promovemos mudanças administrativas e físicas para atender a demanda da cidade. Quando absorvemos as cirurgias do Fila Zero, isso foi necessário. O mesmo tipo de parto humanizado feito em grandes hospitais privados é feito aqui. Isso também gera maior interesse, mas sempre priorizando a segurança e a escolha da mulher,” pontua o diretor-geral da rede de Atenção Hospitalar de Santo André, Victor Chiavegato.
O percentual de ocupação média dos ambientes hospitalares também reflete essa mudança. Em 2022, a ocupação da maternidade foi de 71% e da clínica cirúrgica 67%. Em 2023, a maternidade permaneceu 57% ocupada e a clínica cirúrgica 86%. Neste início de ano, os números apontam para 31% de ocupação da maternidade e 88% na clínica cirúrgica.
PARTO HUMANIZADO
O parto humanizado é um direito de toda gestante, proporcionando protagonismo à mulher, que tem suas escolhas respeitadas e ouvidas. As equipes médica e de enfermagem interferem apenas se houver algum problema com a mãe ou o feto. O Hospital da Mulher promove o parto normal e natural humanizado, assim como a cesárea humanizada, realizada por decisão da mãe com 39 semanas – o procedimento cirúrgico é previsto em lei ou feito por indicação da equipe médica por sofrimento fetal.
“Acolhemos nossas munícipes gestantes com extrema empatia e respeito. Nesse momento único e especial do nascimento precisamos garantir a segurança e o bem-estar da mãe e seu bebê, além de contarmos com uma equipe qualificada. Trabalhamos também com os métodos não farmacológicos para o alívio da dor, como as massagens com óleos essenciais, musicoterapia e cromoterapia. Garantimos ainda a presença de um acompanhante escolhido pela própria gestante”, destaca a diretora técnica do Hospital da Mulher, Ana Paula Ponceano.