Publicado em: 10/01/2014
O Banco de Leite Humano (BLH) do Hospital da Mulher Maria José dos Santos Stein, de Santo André, recebeu no final de 2013 certificado de credenciamento “padrão ouro” do Programa Ibero-americano de Banco de Leite Humano (IBERBLH). Trata-se de iniciativa cujo objetivo é garantir o funcionamento das unidades dentro de elevados padrões de qualidade previamente normatizados.
De acordo com a nutricionista responsável pelo Banco de Leite do Hospital da Mulher, Elisabete Tavares, a última avaliação da unidade analisou o grau de conformidade na operação do Sistema de Informação da Rede Brasileira de Bancos de Leite Humano. “O certificado ouro significa que nosso BLH está cadastrado na Rede, possui equipamentos indispensáveis, profissionais capacitados e treinados para atuar no local e disponibiliza informações no sistema sobre a produção”, detalha.
Para a superintendente do hospital, Dra. Rosa Maria Pinto de Aguiar, a certificação ibero-americana reconhece a seriedade do trabalho, o empenho dos profissionais que atuam no local e, principalmente, a importância do Banco de Leite Humano do Hospital da Mulher para os recém-nascidos prematuros de Santo André, que dependem do leite materno para ganhar peso e aumentar as chances de recuperação.
O BLH do Hospital da Mulher foi criado há 5 anos. Além da coleta, o local realiza o processamento e armazenamento do leite, assim como apoio, promoção e incentivo ao aleitamento materno e ações de conscientização junto à comunidade sobre a importância da doação.
Contra mortalidade infantil
O leite humano ajuda a garantir boa qualidade de vida aos bebês, além de contribuir na redução da mortalidade infantil. O alimento é oferecido às crianças com risco extremo, prematuros com baixo peso, com problemas no sistema imunológico ou quando por algum motivo a criança não pode ser amamentada pela mãe.
Segundo a nutricionista do BLH do Hospital da Mulher, Elisabete Tavares, o alimento é importante para atender bebês internados na UTI (Unidade de Terapia Intensiva) Neonatal, cujas mães não são capazes de suprir a necessidade dos filhos com o próprio leite. “Os bebês estão na UTI porque são prematuros e têm imunidade um pouco menor. Nascem com 500 ou 600 gramas e precisam do leite humano para sobreviver. O alimento é uma substância viva, que tem vários efeitos protetores e de desenvolvimento para a criança”, destaca a profissional.
A maioria das mães produz leite em excesso, especialmente do terceiro ao quinto dia após o parto. Toda mulher saudável que esteja amamentando pode doar leite sem que isso traga algum tipo de prejuízo ao filho. Para fazer a doação, as mães devem atestar saúde plena, já que antes da possível coleta, as doadoras têm de mostrar o cartão de acompanhamento pré-natal e passar por avaliação clínica. Também não podem consumir bebidas alcoólicas, fumar e tomar medicamentos.
Quando o leite humano chega ao banco, passa por rigoroso controle de qualidade. O primeiro passo é a pasteurização, que elimina bactérias e vírus. Depois disso, o alimento é congelado e submetido a teste de controle microbiológico, que checa a efetividade da pasteurização. Somente após aprovação nessa última fase o leite é liberado para consumo.
Mulheres interessadas em contribuir com o Banco de Leite Humano podem obter mais informações pelos telefones (11) 4478-5048 ou 4478-5027. O setor funciona todos os dias, das 7h às 19h. Aos finais de semana e feriados, das 7h às 13h.