Hospital da Mulher tem ação contra violência, abuso e exploração sexual

Publicado em: 23/05/2014

O Hospital da Mulher “Maria José dos Santos Stein”, de Santo André, promoveu em 19 de maio palestra alusiva ao Dia Nacional de Combate ao Abuso e Exploração Sexual de Crianças e Adolescente. Com início às 15h, o evento no auditório do hospital foi aberto ao público e buscou fortalecer os mecanismos sociais de proteção a crianças, jovens e mulheres que sofreram esse tipo de abuso.

O evento esteve a cargo da médica ginecologista responsável pelo pré-natal de alto risco do Hospital da Mulher, Dra. Eliane Terezinha Rocha Mendes. Segundo a especialista, apesar da maioria das vítimas ser do sexo feminino, os profissionais também devem estar capacitados ao atendimento de homens. A médica explica que o acompanhamento dos pacientes dura cerca de 6 meses e é feito por equipe multiprofissional composta por médico, enfermeiro, psicólogo e assistente social. “São profissionais especialmente preparados para esse tipo de atenção. Os pacientes têm atendimento prioritário e reservado, inclusive com leitos específicos em enfermaria separada nos casos de internação”, detalha Dra. Eliane Rocha Mendes.

Porta de entrada para o atendimento de vítimas de violência, o Hospital da Mulher de Santo André realiza atendimento diferenciado. Mulheres que sofreram abuso sexual, por exemplo, recebem medicamentos de prevenção às doenças sexualmente transmissíveis e HIV. No caso de adolescentes, além das medicações também são administradas substâncias que previnem a gravidez. Tais intervenções devem ocorrer no máximo em 72 horas.

De acordo com a psicóloga do hospital, Denise Cristine Duaik Dicieri, a maioria dos pacientes que chega ao serviço apresenta situação crônica, ou seja, são pessoas que sofrem violência com frequência e há algum tempo. Poucas estão dentro do prazo de 72 horas após a violência sexual – são os casos considerados agudos. Além do atendimento médico, ambulatorial e psicológico, o serviço específico no Hospital da Mulher orienta as vítimas para que o crime seja registrado em uma delegacia. “Fazemos essa orientação, que é um dos motivos pelos quais as instituições parceiras devem estar sensibilizadas para o acolhimento humanitário das vítimas”, observa a psicóloga. Em todos os casos, os profissionais fazem a notificação epidemiológica e ao Conselho Tutelar quando a vítima é criança ou adolescente.