HGC economiza R$ 777 mil em 24 meses com redução de infecções hospitalares

Publicado em: 11/12/2023

Instituição participa de projeto que, em médio prazo, visa reduzir em 30% o número de infecções adquiridas após a admissão do paciente

 

Giovana Freitas Rocha Cardoso, técnica de enfermagem, e Fernanda Dutra dos Santos Perine, enfermeira do Serviço de Controle de Infecção Hospitalar

Gerenciado pela Fundação do ABC desde o último dia 1º de dezembro, em parceria com o Governo do Estado de São Paulo, o Hospital Geral de Carapicuíba (HGC) acaba de anunciar os resultados da participação em um projeto do Ministério da Saúde para redução de infecções hospitalares. Nos últimos 24 meses, o programa evitou que 15 pacientes se infectassem na instituição, resultando em uma economia de R$ 777 mil.

O Hospital Geral de Carapicuíba participa desde 2021 do “Saúde em nossas mãos – Melhorando a segurança do paciente em larga escala no Brasil”, projeto que visa reduzir, em médio prazo, a incidência dos principais indicadores de Infecções Relacionadas à Assistência à Saúde (IRAS), popularmente chamadas de infecção hospitalar.

Alinhado ao Plano Nacional de Saúde (PNS), o projeto quer disseminar o modelo de melhoria para outras unidades e hospitais, bem como demonstrar o impacto financeiro com a prevenção das infecções. Foi elaborado de forma colaborativa pelos hospitais do Programa de Apoio ao Desenvolvimento Institucional do Sistema Único de Saúde (PROADI-SUS), sendo este uma aliança criada em 2009 entre seis instituições de referência no Brasil (Albert Einstein, Sírio-Libanês, Beneficência Portuguesa, HCor, Oswaldo Cruz e Moinhos de Vento) e o Ministério da Saúde. O HGC faz parte do grupo de hospitais que tem como incentivador o HCor.

RECONHECIMENTO

Em 7 de dezembro, o Ministério da Saúde realizou, em Brasília, um evento para apresentar os números do “Saúde em nossas mãos”. Ali, foi dito que foram evitadas 6.191 infecções e salvas 2.352 vidas nos últimos 24 meses. São dados que, em dois anos, se comparam com o primeiro triênio do projeto (2018-2020), quando se impediram 7.634 casos de IRAS, com 2.687 óbitos deixando de acontecer. Nesse período, a iniciativa reduziu em 55% o número de infecções adquiridas por pacientes internados em UTIs, resultando em uma economia de R$ 354 milhões para o SUS.

No atual ciclo (2021-2023), o “Saúde em nossas mãos” conta com a participação de 204 hospitais, o que representa aumento de 76% em comparação ao triênio passado. A expectativa é impactar 2.843 leitos de UTI adulto, além de 17 UTIs pediátricas e 7 UTIs neonatais, a fim de tornar os ambientes mais seguros e reduzir as IRAS em 30% num período de 24 meses.