Hospital Nardini de Mauá promove ações de combate à sepse

Publicado em: 01/10/2021

Comissão de Controle de Infecção Hospitalar (CCIH) organiza campanha e mobiliza funcionários para orientar sobre formas de prevenção à doença

 

Capacitação foi promovida no auditório do hospital

Dia 13 de setembro é marcado pelo Dia Mundial da Sepse. A data foi escolhida para estimular a conscientização e educação sobre a enfermidade, mais conhecida como septicemia ou infecção generalizada. Em alusão à data, a Comissão de Controle de Infecção Hospitalar (CCIH) do Hospital Nardini de Mauá promoveu, nos dias 10 e 13 de setembro, atividade destinada à capacitação de colaboradores com o objetivo de facilitar o reconhecimento precoce da doença, formas de prevenção e outras informações técnicas. Ao todo, a ação organizada no auditório da unidade reuniu 41 funcionários.

Segundo o Instituto Latino-Americano de Sepse (ILAS), a doença é a principal causa de mortes nas Unidades de Terapia Intensiva (UTIs) do País. De acordo com estimativa do Ministério da Saúde, o Brasil registra anualmente cerca de 670 mil óbitos em decorrência da doença.

A médica infectologista da CCIH do hospital, Dra. Fabíola Ribeiro, ministrou uma aula explicativa sobre o tema e orientou colaboradores e pacientes quanto à implantação do protocolo de prevenção à sepse na instituição. “Qualquer tipo de infecção pode tornar um caso de sepse, a depender de como está o sistema imunológico do paciente”, orienta a médica.

O enfermeiro especializado da CCIH, Michel Faria, lembra as maneiras de se evitar a ocorrência de sepse no organismo. “De 10% a 15% das mortes pela doença podem ser evitadas com vacinação, medidas de higiene, lavagem das mãos, ações de melhorias sanitárias e ingestão de água potável. Se a sepse for tratada precocemente, a sobrevida será acima de 80%”, explica.

A mobilização dos colaboradores contou a elaboração de placas decorativas e educativas em formato de mãos e microrganismos com imagens animadas, além de um mural de frases alusivo à iniciativa da campanha, batizada “Todos contra a Sepse”. A ação teve colaboração da oficial administrativa Cristiane Dornelas, do Núcleo de Ensino e Pesquisa em Educação Permanente (NEPEP) da unidade. “Aproveitamos o ensejo da campanha para demonstrar uma estratégia lúdica e educativa com o uso de um mural explicativo sobre o tema. Todas as formas de prevenção e orientação são válidas”, reforça o enfermeiro da CCIH, Michel Farias.

Participaram da elaboração da campanha os setores de Enfermagem, Educação Permanente, Núcleo de Vigilância Epidemiológica Hospitalar (NUVEH), médicos e residentes das especialidades de Clínica Médica, Cirurgia Geral e Saúde Mental, internos dos cursos de graduação em Medicina e estagiários de nível técnico do curso de Enfermagem, com apoio do Núcleo de Segurança do Paciente (NSP) do hospital.

A DOENÇA

A sepse é um conjunto de manifestações graves em todo o organismo produzidas por uma infecção. Antigamente conhecida como septicemia ou infecção no sangue, a doença é responsável por 25% da ocupação de leitos em UTIs no Brasil e é a principal causa de morte nas Unidades de Terapia Intensiva (UTIs) do País, superando o infarto do miocárdio e alguns tipos de câncer. Tem alta mortalidade no País, chegando a 65% dos casos, enquanto a média mundial está em torno de 30% a 40%.

A sepse pode acometer a saúde de qualquer pessoa. Porém, a incidência é maior em prematuros e crianças abaixo de um ano; idosos acima de 65 anos; pacientes com câncer, AIDS ou que fizeram uso de quimioterapia ou medicamentos que afetam as defesas do organismo; pacientes com doenças crônicas como insuficiência cardíaca, insuficiência renal ou diabetes; usuários de álcool e drogas; e pacientes hospitalizados que utilizam antibióticos, cateteres ou sondas. As informações são do Instituto Latino-Americano de Sepse.