Publicado em: 29/11/2013
Coordenada pela Faculdade de Medicina do ABC, iniciativa gratuita ocorrerá neste sábado (30 de novembro), das 8h às 12h
A Faculdade de Medicina do ABC programou para 30 de novembro (sábado) mutirão inédito no ambulatório do Hospital de Clínicas Dr. Radamés Nardini de Mauá para diagnóstico de doença de Parkinson. Sob responsabilidade do Grupo de Distúrbios de Movimento da disciplina de Neurologia, a atividade gratuita buscará atrair pessoas com sintomas sugestivos à doença, entre os quais tremores, lentidão progressiva dos movimentos e rigidez muscular. O atendimento ocorrerá das 8h às 12h e não é necessária inscrição prévia.
O diagnóstico da doença de Parkinson é clínico, por meio da história do paciente e avaliação neurológica. Casos duvidosos serão encaminhados para exames subsidiários como tomografia computadorizada, ressonância magnética e exames laboratoriais. “Buscamos divulgar o Parkinson e proporcionar atendimento aos pacientes com a doença ou com suspeita e que ainda não realizam acompanhamento neurológico”, explica Dra. Margarete de Jesus Carvalho, professora de Neurologia e coordenadora do Ambulatório de Distúrbios de Movimento da FMABC.
Mais de 30 pessoas estarão envolvidas nos atendimentos entre médicos, professores, alunos e voluntários. Casos confirmados serão encaminhados para tratamento no Ambulatório de Neurologia da Faculdade de Medicina do ABC ou para o serviço de referência mais próximo do paciente.
O Hospital de Clínicas Dr. Radamés Nardini fica na Rua Regente Feijó, 166, Vila Bocaina – Mauá.
Tratamento paliativo
A doença de Parkinson é uma patologia neurológica que afeta os movimentos. Segundo a Associação Brasil Parkinson, o problema decorre da degeneração de células nervosas (neurônios) situadas na região cerebral conhecida como substância negra. Incurável, de caráter progressivo e lento, a doença ainda tem causa desconhecida e apresenta entre os principais sintomas tremores, lentidão de movimentos, rigidez muscular, desequilíbrio, alterações na fala e escrita.
Diferentemente da doença de Alzheimer, pacientes com Parkinson não têm afetadas a memória e a capacidade intelectual na fase inicial. A doença de Parkinson pode atingir qualquer pessoa, independente de sexo, raça, cor ou classe social. É mais comum em idosos, com os primeiros sintomas geralmente a partir dos 50 anos. Estima-se que 1% da população mundial com mais de 65 anos sofra com o problema.
Apesar de não haver cura, existem tratamentos que combatem os sintomas e retardam o progresso da doença. Medicamentos e cirurgias fazem parte do arsenal terapêutico, assim como sessões de fisioterapia e terapia ocupacional, além de fonoaudiologia para casos em que há comprometimento da fala ou da voz.