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Hospital Nardini e Dante Pazzanese mobilizam equipes para salvar vidas

Publicado em: 04/12/2015

Maior que a dor da perda foi a atitude de caridade protagonizada pela família que autorizou a doação de órgãos de um jovem de 20 anos, vítima de morte cerebral. Agora, o coração do jovem continua batendo no peito de outra pessoa que lutava para sobreviver. Foram captados também fígado, pâncreas, rins e córneas, beneficiando ao menos seis pacientes. A captação múltipla de órgãos foi realizada em 12 de novembro, no Centro Cirúrgico do Hospital de Clínicas Dr. Radamés Nardini de Mauá. Todo o processo foi coordenado pelos médicos cirurgiões da Organização de Procura de Órgãos (OPO) do Instituto Dante Pazzanese, localizado na Capital.

Os cirurgiões do Dante foram assessorados pela equipe de enfermagem em procedimento que durou aproximadamente cinco horas. O coração, ao ser retirado, seguiu rapidamente no helicóptero Águia da Polícia Militar para paciente que aguardava internado no Hospital São Paulo. O prazo máximo para um coração ser transplantado é de até quatro horas. É indispensável a urgência e integração com o serviço receptor. Os órgãos foram destinados a pacientes do Hospital São Paulo e Hospital do Rim e Hipertensão, entre outros serviços.

O protocolo de morte cerebral no Brasil é um dos mais exigentes do mundo. É preciso ser confirmado por dois médicos especialistas, além de demandar exames clínicos, gráficos e testes que evidenciam a paralisação irreversível da atividade cerebral.

Além do gesto de amor por parte da família, este caso preencheu todos os requisitos clínicos para doação e teve empenho da equipe. “Infelizmente nem todos os pacientes suportam essas provas de captação, por isso tornam-se inaptos para doar. E, quando estão aptos, muitas famílias ainda resistem a autorizar. Por isso devemos trabalhar essa sensibilização junto aos parentes. É um grande ato de caridade, pois o paciente permanece vivo em outras pessoas que aguardam para viver”, comenta a Dra. Fabiana Amaral, médica intensivista da Unidade de Tratamento Intensivo (UTI) e autora da notificação.

A última captação de órgãos feita no Nardini foi em 2013. O baixo número de notificações feito pelo hospital, cerca de cinco em cinco anos, é consequência das mortes provocadas por trauma neurológico grave. No caso, os pacientes são transferidos para hospitais que atendem alta complexidade, como Hospital Estadual Mário Covas e Hospital Estadual Serraria, que passam a ser responsáveis pela notificação.

Segundo o Conselho Regional de Medicina do Estado de São Paulo, de cada três potenciais doadores, apenas um é notificado. Destes, somente 30% são utilizados como doadores de órgãos. Ainda assim, o Brasil é o segundo país do mundo em número anual de transplantes, sendo mais de 90% feitos pelo Sistema Único de Saúde (SUS). “É uma questão de ética médica e até humanitária. Muitas vidas podem ser salvas a partir da notificação, que depende apenas do profissional médico”, analisou o diretor técnico do Hospital Nardini, Dr. Allison Takeo Tsuge.

Para ser doador, não é necessário deixar nada por escrito, mas é fundamental ter comunicado à família o desejo pela doação dos órgãos. São os familiares que autorizam o procedimento.

Como funciona o sistema de captação de órgãos?

Todo paciente com diagnóstico de morte cerebral internado em hospital é considerado doador em potencial. A família é informada da possibilidade de doação dos órgãos. Caso haja consenso, é realizada uma série de exames para confirmar o diagnóstico. A notificação compulsória é efetuada imediatamente à Central de Notificação da Secretaria de Estado da Saúde, pela direção do Hospital onde ocorreu a morte. O trâmite deve ser realizado tanto por hospitais públicos quanto privados. Atualmente há cerca de 12 mil pessoas na fila de espera por um órgão no Estado de São Paulo.