Instituto Emílio Ribas do Guarujá organiza ciclo de palestras sobre “Tuberculose”

Publicado em: 06/05/2016

Parceria entre a Fundação do ABC e o Governo do Estado, o Instituto de Infectologia Emílio Ribas II, no Guarujá, organizou em 28 de abril ciclo de palestras educativas com o tema “Tuberculose”. O evento das 10h às 12h30 teve lugar no Salão Thereza Cristina do Casa Grande Hotel, com mais de 100 participantes entre profissionais da área da saúde, estudantes, agentes comunitários e conselheiros de saúde.

Equipe do ERII e convidados

Equipe do ERII e convidados

Entre os temas pautados para o ciclo de palestras estiveram características principais da doença, diagnóstico, tratamento, panorama estatístico e combate. Ao todo foram três convidados à frente dos trabalhos. O professor livre-docente da disciplina de Infectologia da Escola Paulista de Medicina, Dr. Eduardo Alexandrino Servolo de Medeiros, iniciou com explanação sobre “A doença, diagnósticos e tratamento”. Em seguida, a diretora da Divisão de Tuberculose do Centro de Vigilância Epidemiológica da Secretaria de Estado da Saúde, Dra. Vera Maria Neder Galesi, abordou o tema “Panorama estatístico da doença no âmbito nacional”.

A última palestra esteve sob responsabilidade da enfermeira Ana Cleia Justo Lourenço, coordenadora do Programa de Tuberculose do Guarujá, que apresentou “Panorama do município no tratamento e combate”. O encerramento do evento foi marcado por mesa redonda e debate entre os palestrantes.

TUBERCULOSE TEM CURA

Segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS), 9 milhões de pessoas adoeceram em decorrência de tuberculose em 2013 e cerca de 1,5 milhão ainda morre todos os anos. No Brasil, a doença é considerada grave problema de saúde pública. De acordo com o Ministério da Saúde são aproximadamente 70 mil novos casos por ano e 4,6 mil mortes. O país ocupa o 17º lugar entre as 22 nações responsáveis por 80% do total de casos de tuberculose no mundo.

A tuberculose é uma doença infectocontagiosa causada pela bactéria Mycobacterium tuberculosis – ou bacilo de Koch. Afeta principalmente os pulmões, mas pode ocorrer em outros órgãos como ossos, rins e meninges. A tosse por mais de três semanas, com ou sem catarro, é o principal sintoma. Em geral, a maioria dos infectados apresenta tosse seca contínua no início da doença, posteriormente com presença de secreção ou sangue. Os pacientes também apresentam cansaço excessivo, febre baixa geralmente à tarde, sudorese noturna, falta de apetite, palidez, emagrecimento acentuado, rouquidão, fraqueza e desânimo.

A transmissão ocorre de forma direta, de pessoa para pessoa. O doente pode expelir o agente infeccioso em pequenas gotas de saliva ao falar, espirrar ou tossir. Má alimentação, falta de higiene, tabagismo, alcoolismo e outros fatores que diminuam a resistência do organismo favorecem o estabelecimento da doença.

É importante ressaltar que a tuberculose tem cura e o tratamento é gratuito via Sistema Único de Saúde (SUS). A terapia é à base de combinação de medicamentos e geralmente tem 100% de eficácia quando realizada até o final. Em geral são seis meses de tratamento até a cura. Além disso, existe a vacina BCG contra a doença, que protege contra as formas graves da tuberculose e deve ser tomada logo após o nascimento, na própria maternidade, em apenas uma dose.